O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou na quarta-feira, 31, o projeto de lei que altera a denominação da Praça da Liberdade, localizada entre a Avenida Liberdade, Rua Galvão Bueno e Rua dos Estudantes, na região central da cidade, para o nome Liberdade África-Japão. A alteração foi publicada no Diário Oficial da cidade desta quinta-feira, 1º, data em que já entra em vigor. O objetivo é reparar a importância histórica da presença negra na região.
O texto de autoria dos vereadores Paulo Batista dos Reis (PT) e Luana Alves (PSOL) foi aprovado em 9 de maio deste ano pela Câmara Municipal de São Paulo. De acordo com a publicação, as despesas decorrentes da execução desta lei "correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário "
É a segunda mudança em cinco anos, pois em 18 de julho de 2018 foi publicado no Diário Oficial a modificação da nomenclatura para Praça Japão-Liberdade, reivindicação feita por empresários estabelecidos nas proximidades que ajudaram financeiramente com a revitalização da praça na ocasião.
"Posteriormente, em 25 de julho do mesmo ano, o então governador Márcio França rebatizou também a estação do Metrô como Estação Japão-Liberdade, uma homenagem às marcas deixadas pelos japoneses na história de São Paulo", conforme justificativa apresentada em 2020.
Ainda de acordo com o texto, o bairro da Liberdade é visto como local símbolo da imigração nipônica ao Brasil, com decorações que remetem ao país asiático. "O batismo daquele espaço como referência à imigração japonesa, embora seja uma homenagem justa para essa população, foi injusto ao ignorar parte importante da história que é presença do negro escravizado na cidade, cujas marcas foram cravadas no bairro, onde funcionou, por exemplo, o Largo da Forca, exatamente na Praça Japão-Liberdade."
Ainda segundo o projeto, no Largo da Forca, morriam os negros escravizados acusados de crimes e condenados à morte por enforcamento público, método que deixou de ser usado em meados do século 19. Perto dali, funcionou ainda o Cemitério dos Aflitos, local onde eram sepultados negros escravizados, militares pobres acusados de traição, pobres e desvalidos daquela época. O Cemitério foi desativado em 1885.
"Propomos essa correção com a alteração da denominação da Praça Japão-Liberdade para Praça Liberdade África-Japão, denominação que faz justiça e coloca em ordem historiográfica cada um dos componentes da nova denominação. África, primeiro porque a escravização africana começou em 1539 e seus efeitos ainda são sentidos hoje. Japão, cujos primeiros imigrantes chegaram no dia 18 de junho de 1908, no navio Kasato Maru, em Santos; e Liberdade que homenageia a inauguração da estação Liberdade, em 17 de fevereiro de 1975?, consta na justificativa do projeto.
Famerp abre inscrições para Residência Multiprofissional e Uniprofissional 2026
Funfarme lança maior projeto de telessaúde do interior paulista
Jovem é preso após disparo acidental atingir namorada em Rio Preto
Polícia Civil e GAECO investigam suspeita de bebidas adulteradas com metanol em Araçatuba
Pesquisadores da Famerp estão entre os mais influentes do mundo
Homem agredido em posto de combustíveis tem morte cerebral em Votuporanga
Mulher morre em engavetamento na BR-153 em Rio Preto
Teatro Municipal recebe a segunda edição do Empreende 2.0 em Rio Preto
Autoridades participam da entrega de apartamentos para famílias em São José do Rio Preto
Hospital Unimed São Domingos inaugura nova Maternidade nesta semana
Dentista denuncia perseguição e ameaças com fotos íntimas em Rio Preto
Corpos de homens que saíram de Rio Preto para cobrar dívida no PR são encontrados
Compartilhe