O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta 6ª feira (1º.dez), da abertura da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP28). No discurso, cobrou esforços de líderes mundiais no enfrentamento às mudanças climáticas e fez críticas à atuação do órgão em acordos de paz e ao lucro das potências com guerras.
O petista iniciou a fala citando uma frase da queniana Wangari Maathai, vencedora do prêmio Nobel da Paz. "Disse ela: 'A geração que destrói o meio ambiente não é a geração que paga o preço'", disse Lula.
O brasileiro lembrou o alerta do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, de que o mundo tem até o final desta década para evitar que a temperatura global ultrapasse um grau e meio acima dos níveis pré-industriais.
Efeito das mudanças climáticas no Brasil
"2023 já é o ano mais quente dos últimos 125 mil anos. A humanidade sofre com secas, enchentes e ondas de calor cada vez mais extremas e frequentes", lamentou, citando recentes impactos da mudança climática no Brasil, como a seca na Amazônia -- "uma das mais trágicas de sua história" -- e as tempestades que deixam "rastro inédito de destruição e morte" no Sul.
"A ciência e a realidade nos mostram que desta vez a conta chegou antes. O planeta já não espera para cobrar da próxima geração. O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos. De metas de redução de emissão de carbono negligenciadas. Do auxílio financeiro aos países pobres que não chega. De discursos eloquentes e vazios. Precisamos de atitudes concretas", cobrou Lula.
O presidente criticou os gastos com armas em 2022 -- US$ 2,224 trilhões -- e disse que a "conta da mudança climática não é a mesma para todos". "Chegou primeiro para as populações mais pobres. O 1% mais rico do planeta emite o mesmo volume de carbono que 66% da população mundial", pontuou.
Lula reforçou que é preciso combater a mudança do clima junto com o enfrentamento às desigualdades. "Reduzir vulnerabilidades socioeconômicas significa construir resiliência frente a eventos extremos. Significa também ter condições de redirecionar esforços para a luta contra o aquecimento global", completou.
Lula critica ONU: "Incapaz de manter a paz"
O líder brasileiro disse que o mundo, hoje, está em situação semelhante à de 2015, quando "a arquitetura da Convenção do Clima estava à beira do colapso" e "foi preciso um grande esforço para recuperar a confiança e chegar ao Acordo de Paris", naquele mesmo ano.
"O não cumprimento dos compromissos assumidos corrói a credibilidade do regime. É preciso resgatar a crença no multilateralismo. É inexplicável que a ONU, apesar de seus esforços, se mostre incapaz de manter a paz, simplesmente porque alguns dos seus membros lucram com a guerra. É lamentável que acordos como o Protocolo de Kyoto (1997) ou os Acordos de Paris (2015) não sejam implementados. Governantes não podem se eximir de suas responsabilidades", criticou.
O petista falou que o Brasil está disposto a ser exemplo e voltou a falar do compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. "Ajustamos nossas metas climáticas, que são hoje mais ambiciosas do que as de muitos países desenvolvidos", comemorou, citando plano nacional de transformação ecológica para promover industrialização verde, agricultura de baixo carbono e bioeconomia.
Lula ainda disse que o mundo precisa trabalhar para que as economias sejam menos dependentes da exploração de combustíveis fósseis. O presidente brasileiro também lembrou que o Brasil sediará a COP30 em Belém (PA), "no coração da Amazônia", e voltou a fazer apelo aos líderes mundiais pelo fim das desigualdades.
"Não existem dois planetas Terra. Somos uma única espécie, chamada humanidade. Todos almejamos tornar o mundo capaz de acolher com dignidade a totalidade de seus habitantes -- e não apenas uma minoria privilegiada. Como nos convida o Papa Francisco na Encíclica 'Todos Irmãos', precisamos conviver na fraternidade", finalizou.
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