Pelo segundo ano consecutivo, São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, se insere no grupo com padrões de excelência em perdas de água, segundo estudos do Instituto Trata Brasil divulgado nesta segunda-feira (5), com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS.
Somente oito dentre os 100 municípios mais populosos do Brasil atendem às metas da Portaria nº 490/2021 do MDR – Ministério do Desenvolvimento Regional que prevê até 25% em perdas na distribuição e de 216 L/ligação/dia, até 2034. São os casos de Petrópolis, Campinas, Limeira, Rio Preto, Taboão da Serra, Campo Grande, Aparecida de Goiânia e Goiânia.
As perdas da água produzida pelo Semae são da ordem de 20,98%. Desse total, 10,30% são perdas comerciais, ou seja, problemas nos hidrômetros e fraudes. Outros 10,68% são perdas físicas.
O novo estudo “Perdas de Água Potável (2023, Ano Base 2021): Desafios para a Disponibilidade Hídrica e ao Avanço da Eficiência do Saneamento Básico” foi feito a partir de dados públicos do ano base 2021 e contempla uma análise do Brasil, das 27 Unidades da Federação e as cinco regiões, bem como as 100 maiores cidades – os mesmos municípios do Ranking do Saneamento Básico.
“Essa classificação é resultado do esforço de toda autarquia, tanto no combate às fraudes, como nas perdas físicas. A nossa meta é diminuir ainda mais esses índices. Evitar perdas e desperdício de água tratada é tratar o meio ambiente com respeito e valorizar o pagamento dos nossos usuários”, declarou Nicanor Batista Jr., superintendente do Semae.
O Semae mantém o Programa Permanente de Redução de Perdas. A autarquia tem atuado na substituição de tubulações e de ramais, que hoje são 190.980, em 2.200 quilômetros de rede. Também foram intensificadas as ações educativas sobre o uso racional da água, como a criação do projeto Heróis das Águas.
Historicamente, o Semae trabalha no combate às perdas comerciais. Por meio do banco de dados da autarquia, são identificadas possíveis áreas com fraude. Uma equipe de fiscais vai até o local e, constatada a fraude, é aplicada multa e corrigida a irregularidade. O Semae também faz renovação periódica do parque de hidrômetros, na ordem de 20 mil por ano, com garantia de qualidade e altíssimo índice de desempenho, evitando dessa forma a submedição.
Os leituristas do Semae foram treinados para que, além da sua atividade básica de leitura do medidor, verificassem também a existência de vazamento de água na ligação, na calçada ou na rua. Em seguida, é feita a correção. A ação ampliou o combate às perdas com resultados muito positivos. Mensalmente, pelo projeto, são reparados em média 1.500 vazamentos.
O Semae também possui 550 macromedidores, instalados na cidade. Os equipamentos servem para verificar a vazão que passa pelas tubulações em tempo real e para calcular o volume de água captada e distribuída pela autarquia. Esse volume é comparado com o consumo medido pelos micromedidores (hidrômetros).
A diferença é demonstrada pelo fator de pesquisa, para a identificação de áreas com vazamento. A autarquia realiza ainda serviço de varredura por geofonamento noturno, essencial para a identificação de locais onde ocorrem as perdas.
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