São José do Rio Preto e Catanduva são as cidades do Noroeste paulista com o maior número de mulheres do que homens. É o que aponta os dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (27/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Logística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, a população feminina de Rio Preto cresceu 21,9 mil a mais do que a masculina nos últimos 10 anos. Dos 480,393 mil habitantes da cidade, 251.171 são mulheres (52,28%). Já a população masculina é de 229.222 (47,72%), o que representa 91 homens para 100 mulheres.
Catanduva, que tem 115.791 habitantes, possui uma população formada por 60.327 (52,10%) mulheres e 55.464 (47,90%) homens.
Araçatuba, com 200.124 habitantes, tem 104.936 mulheres (52,43%) e 95.188 homens (47,56%).
Presidente Prudente, que fica na região Oeste paulista, conta com 225.668 mil habitantes, tem uma população de 117.807 mulheres (52,20%) e 107.861 homens (47,79%).
Brasil
As mulheres são, pela primeira vez em cinco décadas, maioria em todas as grandes regiões do Brasil. Faltava apenas a Região Norte para consolidar a tendência histórica de predominância feminina.
O país tem uma população residente de 203.080.756. Deste total, 104.548.325 (51,5%) são mulheres e 98.532.431 (48,5%) são homens. O que significa que existe um excedente de 6.015.894 mulheres em relação ao número de homens. O IBGE considera, para fins de registro, o sexo biológico do morador atribuído no nascimento.
O principal indicador usado pelo IBGE nessa categoria censitária é chamado “razão de sexo”, que leva em consideração o número de homens em relação ao de mulheres. Se o número for menor do que 100, há mais mulheres. Se for maior do que 100, há mais homens. Se em 1980, havia 98,7 homens para cada 100 mulheres, em 2022 essa proporção passou a ser de 94,2 homens para cada 100 mulheres.
Na divisão por regiões, a razão de sexo do Norte era 103,4 em 1980. No último Censo, em 2010, era 101,8. Agora, é 99,7. No Nordeste, considerando os mesmos anos, passou de 95,8 para 95,3 e agora é 93,5. No Sudeste, de 98,9 para 94,6 e 92,9. No Sul, de 100,3 para 96,3 e 95,0. E no Centro-Oeste de 103,4 para 98,6 e 96,7.
Quando se consideram os grupos etários no Brasil, a proporção de homens é maior entre o nascimento e os 19 anos de idade. Entre 25 e 29 anos, a população feminina se torna majoritária e a proporção continua crescendo nas idades mais avançadas. O IBGE explica a diferença inicial pelo número maior de nascimentos de crianças do sexo masculino. E a mudança na idade adulta pelas taxas maiores de mortalidade masculina na juventude.
“As causas de morte dessa população jovem masculina estão relacionadas às causas não naturais. Que são as causas violentas e os acidentes que acometem mais a população entre 20 e 40 anos de idade. Muito mais do que acontece com as mulheres”, afirma a pesquisadora do IBGE Izabel Guimarães.
(Com informações da Agência Brasil)
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