A reportagem do SBT Brasil flagrou a venda de um remédio controlado, o Zolpidem, em um farmácia localizada em bairro nobre de São Paulo. Médicos alertam: o medicamento usado para insônia pode provocar dependência química. Um dos efeitos colaterais mais graves é o sonambulismo que coloca em risco a vida da pessoa. Nossa produção gravou a venda do medicamento sem receita médica.
Pedimos o remédio e o vendedor disse que não tinha, mas que levaria em casa, "Mando o motoboy entregar". Quanto está custando?, pergunta nosso produtor. "R$ 120." A conversa continuou por mensagens no Whatsapp. "O motoboy foi fazer um lanche agora, ele volta aqui, por volta das 6h20, mais ou menos. Desse horário, aí, eu consigo mandar qualquer horário que você me falar." Até que marcamos um encontro em um shopping na mesma região. "Você que estava falando comigo, nem esperou o motoca?", pergunta o nosso produtor. "Não deu, senão, não ia chegar a tempo. É o zolpidem", responde o motoboy. Eu posso pedir outras vezes, aí, você traz aqui?, pergunta o produtor. "Mando ele trazer."
Negociações como esta são cada vez mais comuns no estado de São Paulo. Denúncias de venda de remédios controlados, como zolpidem, sem receita médica, cresceram 32%, este ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A facilidade para comprar o remédio tem explicação. Em todo o estado, apenas 60 agentes visitam as drogarias, três vezes por ano, segundo o Conselho Regional de Farmácia.
Segundo Marcelo Polacow, presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP), "existe a falta ética do farmacêutico. Ele pode ser advertido, multado, suspenso e até perder o registro como farmacêutico. As penalidades são severas". Em sete anos, o uso do zolpidem aumentou 225%, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Outros efeitos colaterais graves do medicamento são: sonolência, alucinação, delírio, alteração na memória, queda, infecção respiratória e intoxicação, de acordo com a Associação Brasileira de Psquiatria (ABP). O medicamento só pode ser usado por, no máximo, 28 dias, alertam os especialistas. E o paciente deve respeitar a dosagem prescrita.
Procurada pela reportagem, a Anvisa ainda não se posicionou.
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