26/10/2023 • 10:45:12

Sínodo dos Bispos: carta não faz referências às guerras da Ucrânia e de Israel

ESTADÃO CONTEÚDO



O Vaticano publicou a carta aos fiéis elaborada a partir do Sínodo dos Bispos, encontro do papa Francisco com demais clérigos no qual deliberam, em assembleia, sobre o futuro da Igreja Católica. Não há referências às guerras da Ucrânia e de Israel.

Apesar dos dois conflitos, o texto não faz qualquer menção direta. "Rezamos pelas vítimas da violência assassina, sem esquecer todos aqueles que a pobreza e a corrupção lançaram nos perigosos caminhos da migração", diz. Pela primeira vez, mulheres puderam participar do Sínodo dos Bispos e ter poder de voto - ao todo, 54 delas estiveram na assembleia.

O documento, o primeiro divulgado em quase um mês de reuniões, diz que a Igreja deve se comprometer para garantir que nenhuma pessoa seja vítima de abusos por parte do clero. Também afirma que deve se aproximar dos mais pobres e a escutar as pessoas que são vítimas de racismo, incluindo os indígenas e os povos cujas culturas são desprezadas. Porém, a reunião manteve a resistência à abertura para a participação das mulheres em cargos altos dentro da Igreja.

O Sínodo foi convocado por Francisco para ser realizado entre os anos 2021 e 2024, como parte de seus esforços para reformar a Igreja. Durante dois anos de consultas preliminares entre os católicos em todo o mundo, houve um apelo para que a Igreja, que proíbe mulheres nos seus cargos mais altos, abrisse mais oportunidades para o público feminino assumir papéis de tomada de decisão. O processo acabou gerando uma expectativa por mudanças, mas a carta divulgada nesta quarta-feira deixa claro que essas diferenças permanecem.

O cardeal Robert Prevost, chefe americano do escritório dos bispos do Vaticano, disse que as mulheres estão recebendo cada vez mais cargos de alto escalão no Vaticano e estão até sendo consultadas na nomeação de bispos. Mas, ele insistiu que não há como mudar a tradição de 2.000 anos da Igreja, que confere a ordenação sacerdotal apenas aos homens.

O cardeal Dieudonn Nzapalainga, arcebispo de Bangui, na República Centro-Africana, disse que as mulheres não podem ser deixadas para trás. No entanto, afirmou que incluí-las em funções de autoridade na Igreja era um "trabalho em andamento". "Eles não têm um papel formal, mas eu escuto. Eu ouço as mulheres. Convido as mulheres a participar", disse.

Mulheres reclamam que são excluídas do sacerdócio e dos mais altos cargos de poder, mas, em contrapartida, são as responsáveis pela maior parte do trabalho da Igreja. Nas observações à assembleia nesta quarta-feira, o papa Francisco falou longamente sobre a natureza feminina da Igreja.

A carta teve aprovação de 336 dos 364 membros que integram o Sínodo. Os delegados retornarão a Roma em outubro do próximo ano para continuar o debate e apresentar propostas a Francisco. (Com Associated Press).

 

Famerp abre inscrições para Residência Multiprofissional e Uniprofissional 2026

Funfarme lança maior projeto de telessaúde do interior paulista

Jovem é preso após disparo acidental atingir namorada em Rio Preto

Polícia Civil e GAECO investigam suspeita de bebidas adulteradas com metanol em Araçatuba

Pesquisadores da Famerp estão entre os mais influentes do mundo

Homem agredido em posto de combustíveis tem morte cerebral em Votuporanga

Mulher morre em engavetamento na BR-153 em Rio Preto

Teatro Municipal recebe a segunda edição do Empreende 2.0 em Rio Preto

Autoridades participam da entrega de apartamentos para famílias em São José do Rio Preto

Hospital Unimed São Domingos inaugura nova Maternidade nesta semana

Dentista denuncia perseguição e ameaças com fotos íntimas em Rio Preto

Corpos de homens que saíram de Rio Preto para cobrar dívida no PR são encontrados

Compartilhe

© Copyright 2025 SBT Interior - Todos os direitos reservados