Será julgado nesta sexta-feira (20/10), pelo Tribunal do Júri de Votuporanga, no interior de São Paulo, Elvis Batista da Silva, acusado do homicídio que vitimou Álvaro Benedito Menente, de 55 anos. A vítima foi esfaqueada até a morte, no dia 3 de outubro de 2021, na casa da mãe, no bairro Chácara das Paineiras, na região Oeste da cidade.
O Ministério Público alega que Elvis deve ser julgado com as alegações de motivo fútil, uso de meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo a denúncia do MP, a vítima tinha o hábito de, voluntariamente, ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social, incluindo moradores em situação de rua. Ele teria encontrado o acusado na rodoviária do município dias antes de ser assassinado, e lhe ofereceu ajuda. Na ocasião, Elvis estava carregando malas e teria pedido carona para Álvaro, alegando que estava na cidade para procurar os parentes de sua ex-mulher.
Álvaro levou o réu até a casa de sua mãe para que ele se alimentasse diariamente. Na residência também mora o sobrinho da idosa que, coicidentemente, conhecia os familiares da ex-mulher do réu, que também já haviam alugado uma das casas da vítima.
Quando o rapaz levou Elvis até a casa dos parentes, todos teriam se assustado. Discretamente, eles contaram que o acusado estava na cidade com o objetivo de matar a ex-mulher, que estava fugindo dele. De acordo com a Polícia Civil, Elvis tem uma medida protetiva em seu desfavor por ter agredido a mãe de sua filha; os dois tiveram um relacionamento estável que durou oito anos.
Após alguns dias, a Álvaro pediu para que Elvis deixasse o imóvel porque iria alugá-lo.
O réu, ainda segundo a denúncia, não teria reagido bem com o pedido de seu acolhedor e passou a ameaçá-lo. Na noite do crime, Álvaro chegou na casa em uma moto e foi conversar com Elvis, mas ele estava armado com uma faca e, após uma discussão, atingiu Álvaro com três golpes de faca. Ele fugiu em seguida.
A vítima gritou por socorro, mas não resistiu a hemorragia aguda que sofreu. O réu foi capturado no dia 2 de junho do ano passado, por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Inaciolândia (GO), onde estava escondido.
A audiência será presidida pela juíza Gislaine de Brito Faleiros Vendramini, da 1ª Vara Criminal de Votuporanga.
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