No período de 11 a 14 de junho, a Universidade de São Paulo (USP) e a Fapesp vão participar da feira internacional VivaTech, um dos principais eventos de tecnologia e startups da Europa, para apresentar tecnologias disruptivas nas áreas de saúde, agricultura, sustentabilidade, clima, energia, meio ambiente, mobilidade e inteligência artificial produzidas por seus pesquisadores.
Em 2025, a VivaTech tem como abordagem as novas fronteiras da inovação em termos de tecnologia e dentro das perspectivas econômica, geopolítica, social e ambiental. No ano passado, a feira recebeu mais de 165 mil visitantes.
Durante os quatro dias de realização do evento, em um estande de 100 metros quadrados, startups e pesquisadores da USP e apoiados pela Fapesp terão a oportunidade de ampliar conexões estratégicas, aumentar a visibilidade internacional de suas pesquisas e produtos e atrair novos investidores, mostrando a competência brasileira na produção de ciência e inovação e na geração de soluções aplicadas de alto impacto para o enfrentamento dos desafios globais da atualidade.
A programação do espaço da USP e da Fapesp inclui sessões temáticas de professores e de startups com demonstrações interativas das tecnologias para investidores e o público em geral; experiência de realidade virtual; e exposição de protótipos e maquetes. As startups também participarão de um pitch competitivo.
No último dia da feira, 14 de junho, que é aberto ao público em geral, será oferecida uma sessão interativa “Conversa com Estudantes”, focada em oportunidades em três áreas temáticas: Inteligência Artificial; Saúde e Bem-Estar; e Tecnologia Climática, Transição Energética e Sustentabilidade. A ideia é proporcionar um espaço envolvente e informal para professores e pesquisadores compartilharem suas trajetórias pessoais e acadêmicas, destacarem os papéis da USP e da FAPESP na ciência e tecnologia globais e inspirarem futuros talentos interessados em estudar ou colaborar com o Brasil.
A USP e a Fapesp levarão 19 startups para a VivaTech:
Pela USP, participarão da feira:
• Blantron: dispositivos portáteis e de baixo custo para instrumentação elétrica e eletrônica com foco em ensino e pesquisa;
• Carbonic: processos para conversão do dióxido de carbono em metanol;
• Carbon to Carbon Technologies: reator eletroquímico capaz de transformar dióxido de carbono em moléculas de alto valor agregado com intensidade de carbono negativa;
• IOZ Biiotech: plataforma viral, baseada na engenharia genética do vírus da zika, capaz de atravessar a barreira hematoencefálica e entregar terapias diretamente no sistema nervoso central;
• Mirscience Therapeutics: terapias inéditas com base em RNA para tratar perda muscular relacionada à idade;
• MOF Tech: nanomateriais para agricultura regenerativa;
• Multiscale Solutions: soluções computacionais para simulação e otimização de materiais em nível atômico e molecular;
• Tissue Labs: plataformas de bioimpressão 3D e biomateriais que aproximam a ciência da criação de órgãos humanos viáveis para transplante;
• Treetronics: serviço inédito de consultoria em poda de árvores baseado em escaneamento digital e modelagem computacional;
• Xinfax Health Care: hidrogel com bacteriófagos voltado ao tratamento de infecções bacterianas, especialmente as causadas por cepas resistentes aos antibióticos.
Pela Fapesp, estarão na VivaTech:
• Ocellott: soluções críticas para aplicações de defesa e aeroespacial, como baterias aeronáuticas, supressores de surtos e sistemas de comando e controle;
• Onkos: teste molecular para diagnóstico e prognóstico de tumores de tireoide que já é comercializado em mais de 30 países;
• 3D Biotech: tecnologia de impressão de tecidos artificiais com vascularização. A solução permitirá a reprodução de órgãos bioimpressos a partir de células do próprio receptor;
• Cor.Sync: teste quantitativo ultrassensível para o diagnóstico rápido de infarto;
• Mabe Bio: biotecido de angico, um material desenvolvido integralmente a partir de plantas nativas brasileiras;
• Future Cow: tecnologia para produzir proteínas do leite, como a caseína e o whey protein, sem vacas;
• Ideelab: soluções sustentáveis baseadas em peptídeos e proteínas para combater patógenos que ameaçam as principais culturas agrícolas no Brasil, como soja e citros;
• In Situ: biocurativo, produzido por impressão 3D a partir de células derivadas do cordão umbilical humano, que acelera a recuperação de lesões cutâneas e a cicatrização;
• Imunotera: proteína sintética com a capacidade de estimular o sistema imunológico e eliminar tumores causados pelo papilomavírus humano (HPV).
No dia 13 de junho, nove startups participarão do pitch competitivo intitulado “De São Paulo para o mundo: empreendimentos de inovação científica para impacto global”, onde farão apresentações de dois minutos sobre a ideia do negócio para uma banca julgadora, composta por representantes da USP, da FAPESP, do governo de São Paulo e da VivaTech.
As startups serão avaliadas de acordo com critérios como relevância e originalidade de solução, qualidade e impacto positivo. Serão concedidos três prêmios às mais bem avaliadas:
• São Paulo Women in Tech Award: premiação voltada para a startup que se destacar por ter liderança feminina ou atuação relevante de mulheres, promovendo a equidade de gênero e a diversidade na inovação;
• Global Impact Award: premiação para a startup com maior potencial de impacto internacional, reconhecendo soluções com escala global e capacidade de atrair parcerias estrangeiras;
• Brazil’s Competitive Edge Award: premiação para a startup que melhor representa as vantagens competitivas do Brasil, aproveitando características locais para criar soluções de destaque.
CENTROS DE EXCELÊNCIA
A programação no estande inclui também a participação de professores da USP, que apresentarão as tecnologias desenvolvidas por seus centros de excelência, como o tratamento com células CAR-T para tratamento de linfoma e leucemia; o MAP Biomas Atmosfera, sistema que dá acesso a dados que permitem a análise de uso do solo na região amazônica; a produção sustentável de hidrogênio a partir do etanol, em um projeto de P&D da Shell Brasil para possibilidade de futura aplicação em setores industriais de difícil descarbonização e para o abastecimento de veículos; o projeto digital Yegatu, que desenvolve ferramentas de leitura e escrita para línguas indígenas amazônicas; e a tecnologia fotônica desenvolvida para eliminar a resistência de bactérias e antibióticos em casos graves de pneumonia.
Os visitantes também poderão participar de uma experiência multissensorial que simula a Floresta Amazônica, com estímulos visuais, sonoros e olfativos. A iniciativa é do laboratório Digital Lab, ligado ao Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da USP, e conta com a parceria da empresa brasileira de cosméticos e perfumes Natura, que desenvolveu o som para promoção do bem-estar e a fragrância utilizada na experiência.
Em conjunto com a empresa global de energia integrada TotalEnergies, a USP vai apresentar dois projetos na feira: uma nova geração de ferramentas para gerar imagens mais detalhadas da subsuperfície e identificar com precisão reservatórios de petróleo em regiões complexas, como o pré-sal, batizado de Avenir (Anisotropic ViscoElastic Numerical Inversion Research); e o Sistema Agri-PV, que combina a produção de energia solar com a de alimentos e a adaptação às mudanças climáticas e propõe um modelo sustentável de uso da terra.
Uma parceria da USP com a Acelen, empresa de energia renovável, levará para o evento o projeto de produção de biocombustíveis a partir da macaúba, planta nativa do Cerrado brasileiro não domesticada. A iniciativa objetiva a produção de combustível sustentável de aviação e diesel renovável.
Em cooperação com a Shell Brasil e o apoio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a USP também levará ao estande o projeto de criação de “sondas florestais inteligentes”, dispositivos de baixo custo e alta precisão que, distribuídos em enxames, captam dados ambientais como concentração de CO2, temperatura, umidade e outros parâmetros cruciais para a compreensão da biodiversidade e do papel das florestas no combate às mudanças climáticas.
A Eve Air Mobility, spin-off da Embraer, empresa dedicada ao desenvolvimento de soluções inovadoras para o mercado de mobilidade aérea avançada (AAM), apresentará uma maquete de seu eVTOL, veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, projetado para operar com zero emissões locais em ambientes urbanos. Com fabricação prevista na cidade de Taubaté, em São Paulo, em instalações movidas por energia renovável, a empresa também está desenvolvendo um software único de gerenciamento de tráfego aéreo urbano, o Vector, além de um pacote de serviços e soluções de operação e suporte (TechCare).
SESSÃO ESPECIAL
No dia 11 de junho, a USP vai promover uma sessão especial, das 12h30 às 14h30, com o tema “Estratégias do Estado de São Paulo para um Hub Global de Tecnologia”, que contará com a presença do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan; do reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior; e do diretor-presidente da FAPESP, Carlos Américo Pacheco.
Em seguida, professores da universidade apresentarão a sessão “Ciência e Inovação para um futuro sustentável”, na qual serão abordadas questões relacionadas ao clima, com Paulo Artaxo, do Instituto de Física (IF); inteligência artificial, com Fábio Cozman, da Escola Politécnica (Poli); transição energética, com Julio Meneghini, da Poli; combustíveis sustentáveis, com Carlos Labate, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq); sistemas eletrônicos, com Marcelo Zuffo, da Poli; e óptica e ciências da saúde, com Vanderlei Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC).
PARTICIPAÇÃO INÉDITA
O acordo com a Viva Technology foi firmado em novembro do ano passado, quando uma delegação da USP, liderada pelo reitor, esteve na França para assinar acordos com universidades e fortalecer parcerias. Esta é a primeira vez que a universidade e a Fapesp participam da feira, que está em sua nona edição e acontecerá em Paris, no Expo Porte de Versailles.
“A USP é responsável por 20% de toda a produção científica brasileira. Em termos de inovação, em 2024, 164 startups surgiram na USP, além da formação de 43 empresas spin-off”, diz Carlotti. “Mais de 3 mil empresas foram criadas por ex-alunos, refletindo a mentalidade empreendedora e o espírito de vanguarda presentes no DNA da USP. É esse DNA que queremos mostrar na feira, dando visibilidade internacional a pesquisas de ponta desenvolvidas na universidade e fomentadas pela Fapesp”, considera o reitor.
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