Uma clínica de reabilitação foi fechada pela Vigilância Sanitária do Estado, em Tanabi (SP). A ação, realizada nesta terça-feira (25), teve o apoio da Vigilância Sanitária do Município e da Polícia Militar.
A vigilância foi até o local a pedido do Ministério Público da cidade, que recebeu denúncias de agressões na clínica. No local, foram constatadas várias irregularidades, como ambiente insalubre, com baratas e percevejos, alimentação insuficiente, além de quartos com excesso de leitos, ventiladores quebrados e infiltrações.
Logo que chegaram, os policiais relataram que muitos internos vieram para relatar as condições de maus tratos. Eles contaram que sofriam agressões por parte dos funcionários, que muitos viviam "dopados" por conta do uso irregular de medicamentos e disseram até que, no local, teria havido um caso de estupro coletivo.
Um dos internos precisou ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros porque não conseguia andar, segundo ele, por conta das agressões físicas sofridas.
O crime de cárcere privado também vai ser investigado.
O responsável pela clínica foi preso em flagrante e deve responder por cárcere privado e maus-tratos.
Para a polícia, os internos eram mantidos contra a vontade, sendo tratados em condições desumanas.
A Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo e de Tanabi iniciaram o processo de interdição total da clínica, com a Secretaria de Assistência Social de Tanabi sendo responsável pelo encaminhamento dos internos para outras unidades de apoio. A Secretaria de Saúde também acompanha o caso.
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