"Veni. Vidi. Vici". "Vim. Vi. Venci". A frase usada para se referir a uma rápida e indiscutível vitória do imperador Júlio César e do seu exército em Roma, na Itália, também pode ser adaptada na luta - já considerada histórica - de Vini Jr. na Espanha.
O atacante brasileiro do Real Madrid vem sendo consecutivamente vítima de racismo durante as partidas de futebol. Em menos de um ano, ele já foi chamado de "macaco" por centenas de espanhóis e teve até um boneco com sua camisa pendurado em uma ponte de Madri por Ultras - nome dado a torcedores organizados que flertam com o nazifascismo e a extrema direita na Europa - do Atlético de Madri - rival regional do Real Madrid.
O racismo estrutural que cerca o país é muito mais profundo do que o esporte. A Espanha é um país que tem dificuldade em lidar com seus crimes humanitários, desde o período colonizador do país, até a ditadura de Franco.
A lamentável ironia nisso tudo é que até mesmo os clubes de futebol - inclusive o Real Madrid - foram usados pela ditadura de Franco como ponto-chave para a aproximação com o povo espanhol. Na época, os clubes que dominavam o país eram o Barcelona e o Athletic Bilbao, ambos de regiões separatistas - Catalunha e País Basco. Franco queria um clube de Madri para passar a sua imagem futebolística positiva para o mundo e teria auxiliado o clube durante o período ditatorial, ajudando na contratação de Alfredo Di Stéfano, por exemplo - considerada a maior lenda do clube. O Barcelona também foi "ajudado", tendo conseguido viabilizar o Camp Nou, estádio do clube, durante o mesmo período.
O futebol é um esporte que traduz a sociedade onde ele é inserido. O racismo existe muitas vezes em casa, nas escolas, nos ambientes coletivos mais comuns do dia a dia. No estádio, ele também acontece dentro do campo.
Mas vozes como a de Vini Jr precisam existir e serem apoiadas cada vez mais.
A maturidade do garoto de São Gonçalo de apenas 22 anos em enfrentar parte dos torcedores, dirigentes e até a própria La Liga nessa busca por Justiça já coloca Vini Jr em outro patamar de atleta - não apenas jogador de futebol.
Há diferenças entre atletas e esportistas. Vini Jr não é só esportista. É um divulgador da luta por um mundo mais justo, mais igual, mais digno para os pretos.
Que Vini Jr seja valorizado da maneira que merece pelos brasileiros e por todas as pessoas do mundo que querem um mundo melhor. Que Vini veja e vença para encorajar jovens pretos como ele a conquistar seus espaços e não aceitar que são menores. Porque não são.
Infelizmente o que os Racionais MC's disseram lá nos anos 90 ainda continua ecoando em alguns cantos do mundo. "Por você ser preto, você tem que ser duas vezes melhor".
*Kaio Esteves é coordenador de produção web e comentarista no SBT Esporte, programa do SBT Interior
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