O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou que a volta do horário de verão é uma possibilidade real para otimizar o uso da luz natural e reduzir o consumo de energia elétrica no país. “O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato, pois tem implicações não só energéticas, mas também econômicas. Ele é importante para diminuir o uso das usinas térmicas nos horários de pico, mas é uma medida que impacta muito a vida das pessoas”, reconheceu o ministro.
Silveira destacou que a decisão de adiantar os relógios em uma hora, em parte do Brasil, não pode ser tomada de maneira precipitada. “A medida não deve ser tomada de forma apressada. Se necessário, não tenham dúvida de que voltaremos com o horário de verão”, concluiu.
O ministro também informou que solicitou ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e à Secretaria Nacional de Energia Elétrica (MME) que se reunissem com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para apresentar um plano de contingência para o verão de 2024/2025 e o planejamento energético para o próximo ano.
Ele ressaltou que estudos mostram que o horário de verão traz benefícios para setores econômicos como turismo, bares e restaurantes.
MENOS TÉRMICAS
O ministro destacou que a economia gerada pelo horário de verão ajuda a reduzir o uso de usinas térmicas durante os picos de consumo, geralmente entre 18h e 21h. No plano de contingência solicitado, Silveira quer informações sobre quais usinas térmicas pertencem à Petrobras, ao setor privado e quais utilizam combustíveis fósseis, como o óleo diesel. O objetivo é garantir o equilíbrio e a segurança energética do setor elétrico brasileiro.
DEMANDA
Silveira apontou o aumento do consumo de energia devido ao calor intenso e apresentou dados que mostram esse crescimento. “O Brasil nunca havia consumido, até setembro deste ano, 105 gigawatts em uma tarde. A média é de 85 GW, o que demonstra que tivemos todos os aparelhos de ar-condicionado do país ligados, e que a demanda de energia está cada vez mais volátil.”
O ministro ressaltou que o futuro energético está ligado à economia verde: “Não há salvação fora da nova economia verde, que considera o desenvolvimento econômico sustentável, o respeito à legislação ambiental e a luta contra a desigualdade social.”
As declarações foram feitas durante um encontro em São Paulo com o ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto Pichetto Fratin, para discutir melhorias nos serviços da Enel Distribuição São Paulo após recentes apagões no estado.
HISTÓRIA
O horário de verão foi instituído pela primeira vez no Brasil pelo então presidente Getúlio Vargas, de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932. De 1985 a 2019, a medida foi adotada continuamente, até ser revogada em abril de 2019 pelo governo federal, que alegou pouca efetividade na economia energética.
Antes de ser extinto, o horário de verão vigorava entre os meses de outubro e fevereiro, com o objetivo de reduzir o consumo de energia entre 18h e 21h. Ele era aplicado em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. As regiões Norte e Nordeste não participavam da medida devido à menor variação de luminosidade nessas áreas.
O Ministério de Minas e Energia informou que o retorno do horário de verão está sendo analisado sob diversos aspectos, como a geração de energia, índices pluviométricos e fatores econômicos. O ministério segue avaliando a medida com responsabilidade para garantir a segurança energética para os brasileiros.
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