Tecnologias de segurança vão ajudar mais o motorista brasileiro



Novos recursos de assistência ao motorista irão equipar os veículos nacionais em atendimento à demanda do mercado e à força da legislação. Estudos técnicos já são realizados com foco na regulamentação de várias soluções tecnológicas desde 8 de dezembro de 2017, quando o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou a resolução nº 717, que determina cronograma para apresentação de propostas.

Exemplo de sistema avançado que já foi legislado é o dispositivo de indicação de frenagem de emergência, um recurso que aciona o pisca alerta juntamente com a luz do freio quando o motorista freia bruscamente. Se a desaceleração do veículo ultrapassar o limite estabelecido, o pisca alerta traseiro é acionado para avisar o motorista de trás sobre a frenagem, com o objetivo de evitar uma colisão.
 
Outra tecnologia que contribui para a direção segura é o sistema de frenagem automática de emergência, que auxilia o motorista a frear diante de uma colisão iminente, como a situação em que o carro está em alta velocidade e se depara com um engarrafamento. Um radar localizado na frente do veículo detecta um objeto parado e freia automaticamente o veículo, com a finalidade de evitar acidentes.
 
Há diversos sistemas avançados de assistência ao motorista que serão aplicados no mercado brasileiro, então neste momento cabe à engenharia analisar as tecnologias utilizadas em outros países e avaliar os desafios de implementação dos dispositivos para desenvolver soluções que funcionem com segurança nas estradas brasileiras, afinal o País dispõe de estradas em diversas condições.
 
Essas novas tecnologias precisam equipar os carros brasileiros com segurança e valor que sejam percebidas pelo cliente. Para isso, alguns desafios de aplicação devem ser superados, como no caso do aviso de mudança de faixa, que alerta o condutor quando passa por cima da faixa. Como adaptar uma solução que seja eficiente numa estradinha do interior que não tem faixa?
 
Certamente, investimentos em infraestrutura facilitariam a adoção das tecnologias, entretanto a engenharia precisará adaptar alguns sistemas caso queira trazer as soluções em curto prazo, como estudar o uso dos dispositivos conforme o tipo de pavimento. Um sistema que utiliza câmera para identificar a faixa na rodovia precisa ser desabilitado em estrada de terra, por exemplo.
 
Ivan Arantes Levenhagen é supervisor de Engenharia Elétrica & Eletrônica da Volkswagen Caminhões e Ônibus e chairperson do 7º Colloquium SAE BRASIL de Eletroeletrônica Embarcada & Mostra de Engenharia

Foto: Agência Brasil

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