Adolescente autista é agredida por alunas em escola no interior de SP

Vítima de 15 anos teve a blusa rasgada e ficou com o corpo exposto diante dos colegas, em Glicério, na região de Araçatuba (SP)

Adolescente autista é agredida por alunas em escola no interior de SP - Reprodução

 

O vídeo de uma adolescente de 15 anos sendo agredida por duas garotas no pátio de uma escola estadual em Glicério, na região de Araçatuba (SP) tem gerado comoção e revolta nos grupos de WhatsApp. A agressão foi registrada na manhã da última terça-feira (26/3).



De acordo o boletim de ocorrência, a vítima tem retardo mental moderado e autismo de grau 2. O pai da aluna foi chamado na unidade porque a filha teria se envolvido em uma briga; no registro policial ele afirmou que duas estudantes estavam nervosas e xingando a garota. Depois, o pai notou que a filha tinha escoriações na região das costas, quadril, cotovelo, cabeça e abaixo dos seios.

O homem ainda explicou que conversou com a vítima e a questionou sobre o que havia ocorrido, mas a filha ficou em silêncio. Na delegacia da Polícia Civil, ele manifestou o direito de representar contra as adolescentes agressoras.

Uma outra briga momentos antes, envolvendo outros alunos, também foi registrada na escola.

Com a palavra, a Secretaria da Educação do Estado de SP:

"A Seduc-SP repudia toda e qualquer forma de violência e lamenta o caso. Assim que identificado o episódio durante o intervalo, três funcionárias que acompanhavam a movimentação dos alunos apartaram o conflito. Os responsáveis foram imediatamente chamados e o conselho escolar definiu que as estudantes acompanhem as aulas remotamente nesta semana. 

Um encontro da aluna vítima com profissional do Psicólogos nas Escolas está agendado para amanhã (27). A equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) acompanha o caso e irá implementar estratégias de conscientização sobre conflitos e cultura de paz na unidade escolar. A Ronda Escolar e o Conselho Tutelar também foram acionados. A Diretoria de Ensino de Birigui designou um supervisor para apurar a conduta dos servidores no caso."