SAÚDE
Andradina lidera casos de leishmaniose visceral no Estado de SP em 2025
Município registra quatro casos da doença, incluindo a morte de um idoso de 72 anos; no total, duas pessoas morreram por leishmaniose este ano em SP

A Secretaria Estadual da Saúde confirmou a segunda morte por leishmaniose visceral no estado de São Paulo em 2025. A vítima foi um homem de 72 anos, morador de Andradina, que tinha doença renal crônica. Ele foi diagnosticado no dia 14 de abril e faleceu no dia seguinte, antes mesmo de iniciar o tratamento.
Andradina lidera o número de casos de leishmaniose visceral em humanos no estado neste ano. Além do idoso que morreu, outras três pessoas foram diagnosticadas na cidade: um homem de 83 anos, um jovem de 32 e uma criança de apenas um ano. Os três foram tratados e estão curados.
A outra morte por leishmaniose registrada no estado aconteceu em Santa Mercedes, onde três pessoas receberam diagnóstico positivo e uma delas morreu.
Ao todo, o estado de São Paulo já registrou 28 casos de leishmaniose visceral em 2025. Vinte e seis pessoas se curaram e duas morreram.
CASOS POR REGIÃO NO NOROESTE E OESTE PAULISTA:
Região de Araçatuba
Andradina – 3 casos, 1 morte
Birigui – 2 casos
Araçatuba – 1 caso
Castilho – 1 caso
Turiúba – 1 caso
Região de São José do Rio Preto
Votuporanga – 2 casos
Santa Fé do Sul – 2 casos
Região de Presidente Prudente
Santa Mercedes – 2 casos, 1 morte
Presidente Prudente – 1 caso
Adamantina – 1 caso
Lucélia – 1 caso
Caiuá – 1 caso
Junqueirópolis – 1 caso
Presidente Epitácio – 1 caso
Outros municípios com registros da doença:
Bauru – 1 caso
Getulina – 1 caso
Pirajuí – 1 caso
Marília – 1 caso
Tupã – 2 casos
DOENÇA GRAVE
A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa grave, transmitida pelo mosquito-palha, também conhecido como asa-dura ou birigui. Em humanos, os principais sintomas são febre persistente, perda de peso, aumento do fígado e baço, e anemia. Sem diagnóstico e tratamento adequados, a doença pode ser fatal.
A prevenção inclui a limpeza de quintais, evitando o acúmulo de fezes de animais, folhas e matéria orgânica em decomposição. O uso de coleiras repelentes em cães domésticos também é importante, já que eles são os principais hospedeiros do protozoário causador da doença. É importante lembrar que a leishmaniose não é transmitida diretamente de animais para pessoas, mas sim pela picada do mosquito infectado.