Apoio de Garcia a Bolsonaro e Tarcísio foi orquestrado por Ciro Nogueira

Movimento político sinaliza possível saída de governador paulista do PSDB

Apoio de Garcia a Bolsonaro e Tarcísio foi orquestrado por Ciro Nogueira - Reprodução


As alianças para o segundo turno estão a todo o vapor. E para que elas aconteçam, muitas das vezes, tem que ter gente fazendo a ‘ponte’ entre dois lados. Na tarde desta terça-feira (04), o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) - derrotado nas urnas para a reeleição – deu o veredicto: vai apoiar as candidaturas de Jair Bolsonaro (PL) e de Tarcísio de Freitas (Republicanos).


Tela Política apurou que o responsável por costurar a aliança foi - o todo poderoso da Casa-Civil de Bolsonaro - Ciro Nogueira. O líder do Progressistas passou parte do dia no Palácio dos Bandeirantes. Foram muitas as conversas para aparar arestas. 

Interlocutores ligados a Garcia disseram à coluna que o apoio não foi uma decisão fácil para Garcia. Os fatores são muitos, entre eles o fato da campanha do tucano ter batido pesado em Tarcísio. Mas, como na política ‘quem ataca num dia, aperta a mão no outro’, o grupo político de Garcia entendeu que essa questão não seria um empecilho.

Para o discurso de Garcia fazer ‘sentido’ para a opinião pública, vários pontos foram destacados como coerência e fidelidade ao antipetismo. Garcia engoliu seco, mas topou. Esse movimento, inclusive, segundo interlocutores, é um grande sinal de que Garcia deve deixar o PSDB em um futuro breve. O partido ficou pequeno demais no tabuleiro da política nacional para os planos do governador paulista. 

Outro ponto que tirou o sossego de Garcia antes de tomar a decisão foi o fato do ex-aliado pessoal de longa data – e atual desafeto – Gilberto Kassab, fazer parte do grupo que compõe a candidatura de Tarcísio. 

Se está bom para todas as partes...