Aprovação de Lula recua e passa para 54%; economia e viagens são pontos negativos

Segundo a Genial/Quaest, a aprovação do trabalho feito pelo chefe do Executivo, que era de 60% em agosto, caiu 6%

Aprovação de Lula recua e passa para 54%; economia e viagens são pontos negativos - Reprodução/X


Uma nova pesquisa de avaliação do governo indicou que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou, sendo a expectativa dos eleitores sobre a situação econômica e o excesso de viagens feitas pelo chefe do Executivo os pontos negativos apontados pelo levantamento.


Segundo a Genial/Quaest, a aprovação do trabalho feito pelo chefe do Executivo, que era de 60% em agosto, passou para 54% neste mês de outubro. 42% dos respondentes desaprovam o mandato de Lula, o que representa um crescimento de sete pontos porcentuais em relação ao indicador registrado na pesquisa anterior, que foi de 35%. Não sabem ou não quiseram responder somaram 4%. O levantamento ouviu 2.000 eleitores entre os dias 19 e 22 de outubro e tem uma margem de erro de 2.2 p.p e um índice de confiabilidade de 95%.

Otimismo na economia recua

O otimismo sobre a situação econômica do País também sofreu uma queda, segundo a Quaest. Perguntados sobre a expectativa sobre a economia nos próximos 12 meses, 50% afirmaram que a tendência é melhorar. No levantamento de agosto, 59% tinham expectativas positivas, um recuo de nove pontos percentuais.

28% afirmaram que a tendência era de uma piora, um crescimento de seis pontos porcentuais comparado ao estudo feito em agosto. 18% acreditam que a economia deve ficar do mesmo jeito em que está atualmente e 4% não souberam ou não quiseram responder.

60% acham que Lula se dedica mais do que devia à agenda internacional

A Quaest perguntou aos eleitores se o presidente se dedicava mais do que devia à agenda internacional. 60% dos respondentes disseram que sim, enquanto que 27% afirmaram que não acreditam que Lula está se excedendo na atenção aos temas globais. Outros 13% não souberam ou não quiseram responder.

Perguntados sobre a quantidade de viagens feitas pelo presidente, 55% dos eleitores disseram que o volume é “excessivo”, enquanto que 37% consideraram adequado o número de agendas externas e outros 8% não responderam.

Um levantamento feito pelo Estadão em setembro mostrou que, nos primeiros sete meses de governo, Lula passou cerca de um mês e meio (46 dias) em viagens internacionais. As visitas de Estado custaram ao erário R$ 27 milhões. Segundo o Planalto, as viagens renderam um retorno diretos e indiretos de R$ 115 bilhões.

Nos 25 dias seguintes aos ciclones extratropicais que atingiram o Rio Grande do Sul em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duas viagens ao exterior e 58 agendas em Brasília, mas não visitou o Estado afetado pelos desastres naturais.

Segundo a nova pesquisa da Quaest, 47% dos respondentes classificaram a ajuda do governo federal na região como insuficiente, enquanto que 35% consideraram a atuação do Planalto como adequada e 18% não souberam ou não quiseram responder.

Maioria dos brasileiros acha que Brasil deveria classificar o Hamas como grupo terrorista

Após o início do conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel no último dia 7, o PT e o governo federal mostram uma relutância em classificar o grupo, que assassinou centenas de civis, entre eles cidadãos brasileiros, como terrorista.

Ao mesmo tempo em que não há esse reconhecimento, o PT adota uma postura de relativizar os atos feitos tanto pelo Hamas quanto por Israel. No último dia 16, o diretório nacional do partido publicou uma resolução que pediu o fim das ações violentas e colocou no mesmo patamar os ataques do grupo terrorista e do exército israelense. Em uma nota oficial, a embaixada do país disse que o texto do partido era “muito lamentável”. “Deve ser feita uma forte separação entre a organização terrorista Hamas e os palestinos”, afirmou.

O levantamento da Genial/Quaest mostrou que 57% dos eleitores acham que o Brasil está errado em não classificar o Hamas como um grupo terrorista, enquanto que 26% defendem a postura adotada pelo governo e 17% não responderam.