DESESPERADOR
Ataque de Israel a hospital em Gaza deixa ao menos 500 mortos
"Centenas de vítimas" estão sob escombros, informou Ministério da Saúde de Gaza. Escola da ONU também foi atingida
Um ataque aéreo de Israel atingiu o hospital batista Al-Ahli Arabi, no centro da cidade de Gaza, nesta 3ª feira (17.out), deixando mais de 500 mortos e "centenas de vítimas" sob os escombros, informou o Ministério da Saúde de Gaza.
Se confirmado, esse será de longe o ataque aéreo israelense mais mortífero em cinco guerras travadas desde 2008.
O centro médico bombardeado fica ao norte do enclave palestino, onde Israel ordenou a evacuação de 1 milhão de pessoas, e era refúgio de famílias deslocadas. Segundo informou a Al Jazeera. "O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, além de pessoas forçadas a deixar suas casas devido a ataques israelenses".
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou que alguns de seus funcionários estavam no local e classificou o ataque de Israel como massacre.
No X, antigo Twitter, a MSF compartilhou o relato de uma das médicas que atendiam no hospital Al-Ahli Arabi no momento da explosão.
Estamos aterrorizados com o recente bombardeio ao Hospital al-Ahli Arab, na cidade de Gaza, que tratava de pacientes e acolhia pessoas desabrigadas da região. Estima-se que centenas de pessoas foram mortas. Isto é um massacre. É absolutamente inaceitável.
— MédicosSemFronteiras (@MSF_brasil) October 17, 2023
In Gaza hospitals you can find hundreds of people sitting there, mostly seeking shelter. One of these hospitals’ yard was bombed leaving hundreds dead. pic.twitter.com/KxWsoRuiqp
— Muhammad Smiry 🇵🇸 (@MuhammadSmiry) October 17, 2023
"Estamos aterrorizados com o recente bombardeio ao Hospital al-Ahli Arab, na cidade de Gaza, que tratava de pacientes e acolhia pessoas desabrigadas da região. Estima-se que centenas de pessoas foram mortas. Isto é um massacre. É absolutamente inaceitável", criticou a organização.
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, condenou veementemente o ataque ao Hospital Al Ahli Arab, em Gaza. Em comunicado publicado nas redes sociais, ele escreveu:
"Os primeiros relatórios indicam centenas de mortes e feridos. Apelamos à proteção imediata dos civis e aos cuidadores de saúde, e à reversão das ordens de evacuação"
Também nesta terça-feira, outro bombardeio israelense atingiu uma escola da ONU onde quatro mil pessoas se refugiavam em Gaza, deixando ao menos seis mortos.
A agência da ONU para refugiados da Palestina, UNRWA, chamou o ataque de ultrajante: "mostra mais uma vez um flagrante desrespeito pela vida de civis". A organização estima que o número de vítimas pode ser maior.