Azul reporta prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão no 3º trimestre

No critério ajustado, a aérea reportou prejuízo líquido de R$ 527,3 milhões, ante perdas de R$ 766,2 milhões em igual intervalo de 2021

Azul reporta prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão no 3º trimestre - Reprodução


A Azul registrou prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre de 2022, reduzindo perdas em relação ao prejuízo de R$ 2,2 bilhões no mesmo período de 2021, informou a companhia em balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira, 10.


No critério ajustado, a aérea reportou prejuízo líquido de R$ 527,3 milhões, ante perdas de R$ 766,2 milhões em igual intervalo de 2021.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) alcançou R$ 925,1 milhões no terceiro trimestre, alta de 90,5% sobre o mesmo intervalo do ano passado. Com isso, a companhia encerrou o período com margem Ebitda de 21,1%, alta de 3,3 pontos na comparação anual.

De acordo com a Azul, o resultado ocorre mesmo com 138,2% de aumento no preço do combustível, 32,1% de depreciação do real e mais de 20% de inflação no Brasil nos últimos três anos.

A Azul reportou receita operacional recorde, pelo segundo trimestre consecutivo, de R$ 4,4 bilhões de julho a setembro, alta de 61% em relação ao mesmo período de 2021. A receita de passageiros atingiu R$ 4 bilhões, alta de 69,7% na comparação anual. Por outro lado, a receita de cargas e outros totalizou R$ 302,6 milhões no período, queda de 4,7% na mesma base de comparação.

"Esta performance foi um resultado direto do ambiente de forte demanda, que acreditamos que permanecerá diante das tendências positivas de atividade econômica e índices de emprego no Brasil. Além disso, os brasileiros parecem estar se beneficiando de formatos de trabalho mais flexíveis, aumentando a frequência das viagens a lazer", afirmou em balanço o CEO da Azul, John Rodgerson.

E acrescentou: "A demanda de lazer tem permanecido acima dos níveis de 2019 por 14 meses consecutivos, mostrando-se duradoura e complementando a contínua recuperação da demanda corporativa. As tarifas corporativas chegaram a 150% dos níveis pré-pandêmicos, enquanto o tráfego se recuperou em 80%."