Brasil conquista três medalhas no atletismo nos Jogos Paralímpicos de Paris

O Brasil garantiu mais três medalhas no atletismo na manhã desta terça-feira (3) durante os Jogos Paralímpicos de Paris. O sul-mato-grossense Yeltsin Jacques conquistou o ouro e quebrou o recorde mundial nos 1500m da classe T11 (deficiência visual), enquanto o paulista Júlio César Agripino levou o bronze na mesma prova. Além disso, a baiana Raissa Machado conquistou a prata no lançamento de dardo da classe F56 (competem sentados).

Yeltsin completou a prova dos 1500m em 3min55s82, superando os recordes mundial e paralímpico que ele mesmo havia estabelecido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, com 3min57s60. Júlio César Agripino finalizou o percurso em 4min04s03, e a prata ficou com o etíope Yitayal Yigzaw, que correu em 4min03s21.

“Tive uma lesão, e quando me recuperei sofri com uma virose, o que atrapalhou um pouco nos 5000m. Mas nos 1500m, que exige mais força, tudo deu certo. Eu até tinha apostado que viria o recorde com 3min53s ou 3min54s, veio com 3min55s. Estou muito feliz por repetir o que fiz em Tóquio, fruto de muito trabalho. O Brasil se tornou uma força nas provas de meio fundo e fundo, e somos muito fortes, com ótimos resultados por vir”, disse Yeltsin.

Com essa vitória, Yeltsin acumula sua quarta medalha paralímpica em Paris, somando aos dois ouros em Tóquio 2020 (nos 5000m e 1500m na classe T11) e um bronze nos 5000m em Paris, prova na qual Júlio Agripino conquistou o ouro.

LANÇAMENTO DE DARDO

Raissa Machado alcançou a marca de 23,51m no lançamento de dardo, ficando atrás apenas dos 24,99m de Diana Krumina, da Letônia. Esta é a segunda medalha de Raissa em Jogos Paralímpicos, após também conquistar a prata na mesma prova em Tóquio 2020. No Mundial de Kobe 2024, ela levou a medalha de ouro.

“Acordei sabendo que uma medalha seria minha, não importava a cor. Agora é começar a me preparar para buscar o ouro em Los Angeles, nos Jogos Paralímpicos de 2028”, declarou Raissa.

OUTRAS COMPETIÇÕES

O maranhense Bartolomeu Chaves garantiu sua vaga na final dos 400m T37 (paralisados cerebrais) ao vencer sua bateria com o tempo de 52s34. A final acontecerá às 06h05 (de Brasília) desta quarta-feira.

A maranhense Rayane Soares avançou à final dos 100m T13 (deficiência visual) com o tempo de 11s90, estabelecendo um novo recorde das Américas, superando o anterior de 11s99, feito pela cubana Omara Duran em Guadalajara 2011. A sul-mato-grossense Gabriela Mendonça também avançou à final, com o tempo de 12s76. A final será às 15h08 (de Brasília).

No atletismo, a potiguar Maria Clara Augusto avançou à final dos 100m T47 (deficiência nos membros superiores) com sua melhor marca na temporada, 12s63. A final será às 15h16 (de Brasília).

A mineira Izabela Campos terminou na quarta colocação na final do lançamento de disco F11 (deficiência visual), com um lançamento de 34,94m. A vencedora foi a chinesa Liangmin Zhang, com 39,08m.

À tarde, no horário de Brasília, o Brasil disputará ainda seis finais de atletismo.

NATAÇÃO

Os nadadores brasileiros disputarão seis finais nesta terça-feira, a partir das 12h30 (de Brasília).

Victor Almeida dos Santos, paulista de 16 anos, o mais jovem da delegação brasileira, avançou à final dos 100m costas da classe S9 (limitação físico-motora) com o tempo de 1min04s78, o sexto melhor nas eliminatórias. A final será às 12h37 (de Brasília).

Mariana Gesteira, do Rio de Janeiro, avançou com o segundo melhor tempo nas eliminatórias dos 100m costas da classe S9, nadando em 1min10s80. A final será às 12h44 (de Brasília).

Carol Santiago, maior medalhista de ouro brasileira em Jogos Paralímpicos, competirá na final dos 200m medley SM13 às 15h04 (de Brasília), após avançar com o sexto melhor tempo das eliminatórias.

TÊNIS DE MESA

Na manhã desta terça-feira, a paranaense Danielle Rauen venceu a croata Mirjana Lucic por 3 a 0, avançando para as quartas de final da classe WS9 no individual. Jennyfer Parinos, de São Paulo, foi eliminada após perder para a ucraniana Iryna Shynkarova por 3 a 1 na mesma categoria. Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro.