Capital paulista: quase metade dos monitorados por tornozeleira são acusados de violência doméstica

Quatro criminosos também foram presos em flagrante por descumprirem a medida protetiva

Capital paulista: quase metade dos monitorados por tornozeleira são acusados de violência doméstica - Arquivo


Quase metade dos criminosos soltos em audiências de custódia e que são monitorados com tornozeleira eletrônica em São Paulo foram acusados de violência doméstica. Desde 11 de setembro, quando teve início o monitoramento, até o dia 8 de dezembro, 123 pessoas passaram a usar a tornozeleira, sendo 57 homens por violência contra a mulher.


Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. Segundo a pasta, do total de monitorados por violência contra a mulher, quatro foram presos em flagrante por descumprirem a medida protetiva, que é uma proteção prevista em lei para as mulheres que se encontram em situação de violência doméstica.

"É uma iniciativa importantíssima, traz para essa mulher uma maior sensação de segurança, porque ela sabe que ele está sendo monitorado. Com isso, pode se sentir segura para sair de casa para trabalhar e estudar. Ao mesmo tempo, também mostra para esse agressor que se ele tentar algo será preso em flagrante", disse a coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher do Estado, Jamila Jorge Ferrari.

O projeto de monitoramento por tornozeleira eletrônica tem como piloto a capital paulista, mas será expandido para outras regiões do estado em breve. Além dos acusados de violência doméstica, o monitoramento engloba criminosos que já foram presos mais de uma vez como forma de reduzir a reincidência criminal durante o cumprimento de penas.