Casal acumulava lixo com animais mortos e alimentos estragados em casa

Prefeitura de Araçatuba deve retirar até 70 toneladas de lixo do local, após autorização da Justiça

Casal acumulava lixo com animais mortos e alimentos estragados em casa -


​Desde segunda-feira (30), mais de 40 profissionais das áreas da saúde, obras e assistência social da Prefeitura de Araçatuba trabalham para retirar mais de 30 toneladas de lixo acumulado em uma casa no bairro Verde Parque, zona norte da cidade.


Alimentos estragados, roupas, eletrodomésticos, móveis velhos, sucatas e até animais mortos foram encontrados no local. A casa pertence a um casal de idosos e dois jovens de 18 e 16 anos.

"Segundo informações da Secretaria de Assistência Social, há a suspeita de que o casal, ou pelo menos um dos membros, possa sofrer de transtorno de acumulação compulsiva. Esta condição dificulta a capacidade de descartar ou se desfazer de objetos, levando ao acúmulo desordenado e à desorganização dos espaços de convívio. Contudo, devido à falta de histórico de atendimento na rede de saúde mental do município, ainda não é possível confirmar o diagnóstico", explicou a prefeitura.

Após resistência dos proprietários, uma ação judicial autorizou a retirada dos objetos da casa. Mais de 12 caminhões foram utilizados para recolher entulhos diversos, incluindo a triste constatação de animais mortos, como um cachorro, e pouco mais de 60 animais peçonhentos. Um Oficial de Justiça também esteve presente durante a ação na residência. 

Até o presente momento foram retiradas 30 toneladas de lixo e com a continuação da ação, a previsão é de que poderá chegar até 70 toneladas.



AGRESSÃO

Segundo a prefeitura, o casal estava resistente e se "apresentavam agressivos" com a intervenção de limpeza na residência e no terreno ao lado. 

"Houve agressão de um guarda municipal e foi acionado a Polícia Militar, levando o casal para o plantão policial. A mulher foi atendida pela equipe de Estratégia da Família no local onde foi verificado que a pressão estava alterada, chamado o SAMU, porém a mesma recusou o atendimento. Houve, ainda, ameaça dos familiares em incendiar a UBS do Bairro Águas Claras. A Secretaria de Segurança irá enviar uma viatura para ficar na UBS e solicitará apoio da Polícia Militar devido às ameaças".