Coordenador de Habitação de Catanduva é conduzido à Polícia Civil durante a ‘CEI da Associação Bom Pastor’

Comissão investiga investimentos feitos por moradores da cidade em loteamentos municipais que nunca foram entregues

Coordenador de Habitação de Catanduva é conduzido à Polícia Civil durante a ‘CEI da Associação Bom Pastor’ - Câmara Municipal de Catanduva


O coordenador municipal de Habitação de Catanduva (SP), Rodrigo Cristiano Genoves, o ‘Cebola’, foi conduzido pela Guarda Civil Municipal (GCM) até a Delegacia da Polícia Civil após prestar depoimento na Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Associação Bom Pastor, realizada nesta segunda-feira (19), na Câmara dos Vereadores. 


De acordo com informações da assessoria de comunicação da Câmara Municipal, Genoves recebeu voz de prisão por falso testemunho, previsto no artigo 342 do Código Penal Brasileiro. O momento foi transmitido ao vivo pelas redes sociais da Casa. 

Na ocasião, os vereadores consideraram que o coordenador permaneceu calado, omitindo a verdade e também teria debochado da mesa investigatória. 

Cebola foi encaminhado à Polícia Civil, onde foi ouvido e liberado. Um boletim de ocorrência será registrado.

O secretariado e o setor jurídico da Prefeitura participam das oitivas da CEI.

A Comissão é presidida pelo vereador Maurício Gouvea, o relator Marquinhos Ferreira e Gleison Begalli.

CEI da Associação Bom Pastor

A Comissão apura a venda de loteamentos municipais feita pela Associação Bom Pastor (liderada pelo padre Osvaldo Rosa quando ele ainda não atuava como prefeito da cidade) para munícipes. Em 2017, a Associação celebrou compromisso de compra e venda do 'Retiro Santo Antônio', para adquirir 45 hectares pelo preço de R$ 10 milhões.

O objetivo era concretizar o 'Projeto Habitacional de Interesse Social', visando a aquisição do loteamento com adesão do associado para adquirir o lote com preço inferior ao de mercado. Os representantes da entidade teriam elaborado termos de declaração de participação em compra coletiva. Os lotes foram vendidos por R$ 9.614 mil, pagos com entrada de 20% e mais 12 parcelas. Na primeira etapa, 1,1 mil pessoas assinaram contratos de participação. A maioria dos compradores já quitou os pagamentos.

Ao sbtinterior.com, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Catanduva informou que acompanha os depoimentos prestados e aguarda os desdobramentos da CEI.