CONEXIDADES
Destinação de resíduos sólidos e captação de recursos são temas do segundo dia do Conexidades
"Saneamento básico não é instrumento para se fazer política, saneamento básico é um empreendimento profissional que leva qualidade de vida à pessoas", disse Marcos Penido, secretario de Meio Ambiente de SP
A maioria das cidades brasileiras não possuem profissionais qualificados para gerir a captação de recursos públicos disponíveis. E é exatamente essa falta de conhecimento que atrasa ainda mais o desenvolvimento dos municípios.
Visando ampliar a capacitação dos gestores públicos, o primeiro dia de painel do 'Conexidades' trouxe especialistas em monitoramento de verbas públicas. Com o tema "Por que os municípios perdem recursos?", os participantes puderam aprender a como definir equipe de gestão e então monitorar convênios, e também tiveram lição de como preparar a documentação que habilita essa captação.
Um outro ponto que teve destaque no painel foi sobre a capacitação dos gestores públicos. "É extremamente importante capacitar as equipes e definir as equipes que estarão responsáveis por esse setor dentro da prefeitura. Os municípios não podem depender apenas de emendas parlamentares", afirmou o palestrante Abrahão Cavalcanti, especialista em gestão de transferências voluntárias da União.
Mais a grande vedete do dia foi o painel "Destinação de resíduos Sólidos e Meio Ambiente". Para debater o assunto, a mesa foi composta pelo secretário de Infraestrutura e meio Ambiente de SP, Marcos Penido, pelo Deputado Federal Geninho Zuliani (DEM), prefeito de Olímpia (SP) Fernando Cunha e pelo prefeito de Bebedouro Lucas Seren (DEM), além do Secretário Nacional de saneamento Pedro Maranhão.
Geninho abriu a mesa e contou da experiência em ser o relator do novo marco do saneamento no Brasil. A nova diretriz traz novos conceitos de como gerir esse serviço, Geninho foi categórico quando disse que a única forma de resolver o problema do saneamento básico brasileiro é com a ajuda do dinheiro da iniciativa privada. "O novo marco do saneamento brasileiro abre caminhos para a participação de empresas privadas, licitação do serviço, assim estamos diminuindo a falta de saneamento básico com a entrada de novas empresas, sabemos que o poder público não tem o dinheiro necessário para investir e acabar com esse problema", disse. "No Brasil seria necessário 800 bilhões de reais para conseguir sanear 99% dos municípios, com a entrada da iniciativa privada esse montante que já diminuiu para 700 bilhões em menos de um ano", afirmou.
Marcos Penido, secretário de Meio Ambiente de SP enfatizou o compromisso de que até 2033 as cidades paulistas estarão universalizadas, com diminuição de perdas e saneamento básico completo mas para isso é preciso encarar com compromisso esse tema. "Saneamento básico não é instrumento para se fazer política, saneamento básico é um empreendimento profissional que leva qualidade de vida à pessoas", completou. Penido pediu comprometimento dos gestores para conseguir cumprir a meta.