FARSA
Dono de loja de armas, irmão e cúmplice são presos após forjar furto de arsenal em Auriflama
Esquema simulou arrombamento e envolveu o desvio de 63 armas e 31 mil munições; parte do material seria vendida em Rio Preto e Ribeirão

Três homens foram presos em flagrante nessa sexta-feira (18), em Auriflama (SP), após a Polícia Civil descobrir que eles forjaram um furto a uma loja de armas da cidade. Entre os detidos estão o dono do comércio, o irmão dele e um terceiro suspeito, que seria o responsável por revender parte do arsenal desviado.
O caso veio à tona depois que o proprietário comunicou à Polícia Militar que a loja, localizada na avenida João Rodrigues Fernandes, no centro de Auriflama, teria sido alvo de um furto. Ele afirmou que desde terça-feira não acessava a sala onde ficava o cofre e que só percebeu algo estranho após um vizinho notar tijolos caídos no chão do depósito.
A cena sugeria um arrombamento pelo fundo do estabelecimento, mas a perícia técnica constatou que o buraco na parede havia sido feito de dentro para fora, o que levantou suspeitas. Pouco depois, os policiais encontraram imagens de câmeras de segurança de um imóvel vizinho, que registraram o irmão do comerciante entrando no local com uma chave.
Confrontado, o irmão confessou à polícia que usou uma cópia da chave para acessar a loja e, com ferramentas, fez o buraco na parede para simular a invasão. Ainda segundo o depoimento, as armas foram repassadas a um terceiro homem, que ficou responsável por revender o material em São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, e que toda a ação teria o conhecimento e a participação do dono da loja.

Foram levadas 63 armas de fogo, entre pistolas, revólveres e uma carabina, além de aproximadamente 31 mil munições de calibres permitidos e restritos. Armas de maior valor, como fuzis, não foram incluídas no suposto furto. A polícia também descobriu que o comerciante retirou, dias antes, suas armas pessoais do local, o que evitou que ele tivesse prejuízo direto.
Durante a ação policial, duas pistolas foram apreendidas. As demais, segundo os suspeitos, já haviam sido vendidas. O caso foi registrado como comércio ilegal de arma de fogo, comunicação falsa de crime, posse irregular de arma, associação criminosa e apropriação indébita. Um inquérito foi aberto para tentar localizar o restante do armamento e apurar o destino das munições.
As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil de Auriflama.
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