ECONOMIA
FecomercioSP: Geração de emprego no 1º semestre no Estado tem pior resultado desde 2020
A geração de empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano no Estado de São Paulo foi a menor para o período desde 2020, de acordo com a Pesquisa do Emprego da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo (FecomercioSP).
Nos primeiros seis meses do ano, o saldo líquido de vagas celetistas registradas foi de 164.799 no setor de serviços, contra pouco mais de 237 mil no primeiro semestre de 2022. No comércio, a criação foi de 1.676 postos de trabalho, ante geração de 19,5 mil no mesmo período de 2022. Em relação apenas a junho foram 19.774 vagas nos serviços e 4.814 no comércio, de acordo com a entidade.
Na avaliação da FecomércioSP, apesar do resultado para o período ter sido o pior dos últimos três anos, o número de vagas criadas entre janeiro e junho foi maior do que o projetado no início do ano, o que demonstra a resiliência do setor.
A entidade ainda aponta que, especificamente em relação ao comércio, o desempenho da criação líquida de vagas foi mais próximo da estabilidade em função da conjuntura de crédito mais caro e inadimplência e endividamento elevados.
Setores
Nos setores de Serviços, os maiores saldos positivos, segundo a FecomercioSP, foram observados nos segmentos de transporte armazenagem e correio (29.990), educação (29.572) e atividades administrativas e serviços complementares (29.346). Nesses grupos, destacaram-se, respectivamente, os segmentos de transporte rodoviário de carga (18.158 novos empregos), educação infantil e ensino fundamental (21.883) e serviços para edifícios e atividades paisagísticas (16.427).
Já no comércio, reparação de veículos (5.857) e comércio atacadista (8.260) foram os destaques positivos da criação líquida de vagas no período, segundo a FecomercioSP.
Para a segunda metade do ano, a entidade prevê que o pagamento do décimo terceiro salário e as comemorações de fim de ano propiciem um cenário de evolução, ainda que a expectativa seja de que, tanto nos serviços como no comércio, o desempenho seja inferior ao registrado no segundo semestre de 2022.