‘Não tem como a gente não ganhar no primeiro turno’, diz Bolsonaro em Londres

Da sacada da casa do embaixador do Brasil, onde está hospedado, o chefe do Executivo fez discurso de campanha e afirmou que a maioria do País não aceita discutir legalização do aborto, descriminalização das drogas e a chamada "ideologia de gênero"

‘Não tem como a gente não ganhar no primeiro turno’, diz Bolsonaro em Londres - Reprodução CNN


O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recepcionado por um grupo de apoiadores de seu governo em Londres, onde desembarcou na manhã deste domingo, 18, para acompanhar as cerimônias que antecedem o funeral da rainha Elizabeth II. Da sacada da casa do embaixador do Brasil, onde está hospedado, o chefe do Executivo fez discurso de campanha e afirmou que a maioria do País não aceita discutir legalização do aborto, descriminalização das drogas e a chamada "ideologia de gênero". "Esse é o entendimento da grande maioria do povo brasileiro. Estive no interior de Pernambuco e a aceitação é simplesmente excepcional. Não tem como a gente não ganhar no primeiro turno", disse.


A comitiva do presidente no país inclui a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP), integrantes de sua campanha e o pastor Silas Malafaia, que o acompanha nesta viagem. Da casa do embaixador brasileiro em Londres, onde foi recebido pelos seus seguidores, Bolsonaro seguiu para Westminter Hall, onde visita a câmara ardente. Às 14h30 no horário local, o chefe do Executivo assinará o livro de condolências da rainha. Às 17h, também no horário local, ele será recepcionado pelo rei Charles III.

Os apoiadores de Bolsonaro vestem camisas da seleção brasileira e o recepcionaram aos gritos de "mito" e "homem extraordinário". Na saída do presidente da casa do embaixador, houve também um protesto contra seu governo, mas em menor número. A polícia teve de cercar o local após os dois grupos se desentenderem e trocarem xingamentos. Os manifestantes contra o chefe do Executivo carregam faixas o acusando de ser uma "ameaça ao planeta".

Segurança reforçada

O velório público será encerrado às 6h30 (2h30 horário em Brasília) desta segunda-feira, data para a qual está marcado o funeral de Estado no Castelo de Windson. Mais de 100 chefes de governo e Estado são esperados para a cerimônia principal.

Além de Bolsonaro, líderes de todo o mundo chegam a todo o momento em Londres para acompanhar o funeral da Rainha Elisabeth II.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o da França, Emmanuel Macron, assim como os monarcas da Espanha, Suécia, Noruega, Luxemburgo, Mônaco, Bélgica e Holanda estarão presentes na ocasião. Biden chegou na noite de sábado com a esposa Jill e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Ele se reuniu no mesmo dia com o rei Charles III e outros representantes da comunidade das nações Commonwealth.

A concentração de tantos líderes e o funeral representam um desafio de segurança "maior do que para os Jogos Olímpicos de 2012?, disse o vice-comissário da Scotland Yard, Stuart Cundy.