Lula busca apoio de paulistas e faz novo aceno a nordestinos

Em Guarulhos, petista pede a quem tem "uma gota de sangue nordestino" que não vote em Bolsonaro

Lula busca apoio de paulistas e faz novo aceno a nordestinos - Ricardo Stuckert/Divulgação


O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a fazer aceno ao Nordeste, região na qual tem vantagem sobre seu adversário Jair Bolsonaro (PL), nesta 6ª feira (7.out). O ex-presidente participou de caminhada em Guarulhos, na grande São Paulo, ao lado de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o candidato ao governo do estado, Fernando Haddad (PT). As informações são do portal SBT News.


"A pessoa que tem um pingo de sangue nordestino não pode votar nesse genocida, mentiroso e agressivo, que não respeita o povo do nordeste brasileiro. Eu tenho orgulho de ter nascido em Pernambuco", disse Lula. 

"Tenho orgulho de ter construído minha vida política em São Paulo. Eu devo a São Paulo minha profissão e tudo que eu ganhei na vida, mas o meu DNA é de um nordestino", acrescentou. 

Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, Lula, com 40,89% dos votos válidos, perdeu para Bolsonaro, que teve 47,71%. Já na região Nordeste, o candidato petista venceu em todos os estados

Aos paulistas, Lula pediu apoio no segundo turno à sua chapa e ao candidato Fernando Haddad, ex-ministro da Educação de seu governo, que disputa o Executivo do estado. "Haddad ganhando em São Paulo, e a gente ganhando no Brasil, nós vamos construir uma parceria e vamos finalmente trazer o metrô até Guarulhos. O Alckmin conhece bem São Paulo, eu conheço bem o Brasil", disse Lula, ao lembrar que Geraldo Alckmin já foi governador do estado.

Haddad, no primeiro turno, teve 35,70% dos votos, atrás de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro, com 42,32%. "É hora da gente defender a educação pública, defender Prouni, defender FIES, e não deixar destruírem as universidades públicas estaduais. [...] É hora da gente defender o legado dos governos democráticos", afirmou Haddad nesta 6ª feira.

A declaração ocorre na mesma semana em que o Governo Federal bloqueou milhões do orçamento para as universidades federais. Reitores alertaram para o risco de atividades serem paralisadas.