Mulher é presa com 'droga zumbi' em ônibus de passageiros

Caso aconteceu na rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Araçatuba, neste domingo (23)

Mulher é presa com 'droga zumbi' em ônibus de passageiros - Divulgação/Polícia Rodoviária


Uma mulher foi presa em flagrante transportando tabletes de uma droga sintética conhecida como K9, ou 'droga zumbi', neste domingo (23), em Araçatuba (SP). A ocorrência aconteceu na rodovia Marechal Rondon (SP-300).


A mulher estava em um ônibus de passageiros abordado pelos policiais na rodovia. Durante a abordagem, ela ficou muito nervosa, despertando a suspeita dos policiais. Ao abrir a mochila, os policiais flagraram os três tabletes da droga.

Questionada, ela disse que recebeu a droga em Campo Grande (MS) e levaria ela até Brasília (DF). Para fazer o transporte, receberia R$ 1 mil. A mulher disse, também, que não sabe se a droga é de origem paraguaia, boliviana ou colombiana. Ela recebeu voz de prisão e foi conduzida à Central de Flagrantes.

Após passar por audiência de custódia, o juiz decidiu por mantê-la presa e determinou que ela seja encaminhada para a Cadeia Pública de Tupi Paulista (SP).

A DROGA

A K9, conhecida como maconha sintética, é uma droga que tem se popularizado justamente por ser barata. A droga chega a custar menos que uma pedra de crack, geralmente vendida por traficantes entre R$ 10 e R$ 15.

Mas a K9 não tem nada a ver com maconha. Na verdade, a K9 não leva em sua composição a cannabis, ou maconha, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. O nome é uma referência ao fato do composto ilícito atuar nos mesmos receptores das células cerebrais que o tetrahidrocanabinol (THC), o principal ingrediente ativo da erva. No entanto, o sintético é muito mais poderoso.

A composição varia de cada traficante, mas pode causar sérios danos ao corpo e à mente.

Segundo o CDC, a droga K9 pode gerar uma variedade de sintomas entre os usuários, desencadeando problemas neurológicos e psiquiátricos. Dependendo da pessoa, os efeitos podem ser opostos, como agitação ou extrema sonolência (“efeito zumbi”). Eventualmente, também pode levar o usuário a óbito, já que altera a frequência cardíaca.

Quem usa maconha sintética pode desenvolver dependência física e psicológica em relação ao composto. Embora o uso da droga seja observado há mais de 15 anos, ainda são desconhecidos os efeitos a longo prazo do uso de THC sintético presente n​​essas composições.