Paulistas vão gastar até R$ 450 com presentes no Natal

Levantamento da ACSP aponta intenção de compra dos consumidores do Estado e da capital em SP

Paulistas vão gastar até R$ 450 com presentes no Natal - Pixabay


O recorte estadual da pesquisa de intenção de compras para o Natal, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) à PiniOn, mostra que 50,8% dos entrevistados (896 pessoas) vão presentear na data. O levantamento indica também que 33,2% tem intenção de dar presentes, e 16,0% estão indecisos.


De acordo com a sondagem, 83% dos consultados declarou não ter antecipado as compras durante a Black Friday, o que, segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, confirma que não houve “canibalização” das datas.

 Do grupo de entrevistados que planejam fazer compras no período, 42% pretendem gastar mais do que em 2021, enquanto 46,1% desejam o oposto. Em termos do nível de gasto, a maioria (42,7%) pretende gastar entre R$ 150 e R$ 450.

“Tal como ocorreu com a pesquisa ao nível nacional, em relação ao ano passado, observa-se expressivo aumento daqueles que manifestaram intenção de compra e importante redução da porcentagem de entrevistados que não se manifestaram dispostos a compra”, observa o economista.

A melhora dos resultados em relação à pesquisa do ano passado, tal como foi observado na pesquisa nacional, pode ser explicada pelo avanço da ocupação, decorrente da recuperação da atividade econômica, pelo efeito positivo sobre a renda da injeção de recursos do Governo Federal e pela recuperação da confiança do consumidor, que avança no campo otimista.

Seguindo a mesma tendência, a sondagem também apontou que a maioria das compras seria realizada em grandes redes do varejo (46,2%), e de forma presencial (54,7%). Roupas, calçados e acessórios continuam no topo da preferência. Somados a outros de uso pessoal, tais como joias, bijuterias e perfumes, perfazem 90,7% das intenções de compra.

Outros itens também tipicamente demandados, tais como boneca, outros brinquedos, decoração e enfeites, árvore e cartão de natal também aparecem, em conjunto, com destaque (92,8%). O pagamento à vista foi o mais citado entre os entrevistados.

Por sua vez, celular, computador, notebook e tablet e eletrodomésticos (televisor, microondas, fogão, geladeira e máquina de lavar) apresentam menores intenções de compra (25,3% e 25,8%, respectivamente), provavelmente pelo maior valor em relação aos artigos anteriores e por serem financiados em sua maior parte com crédito, cujo custo, em termos de juros, tem aumentado. Esse aumento também poderia explicar a importante redução, em relação ao ano passado, da disposição geral a financiar as compras com crédito.

Por outro lado, viagens e hospedagens, que totalizam 14,6% das intenções, poderiam continuar refletindo a recuperação do setor serviços após o período em que vigoraram medidas de isolamento social impostas pela pandemia da covid-19.

Cidade de São Paulo
 

A pesquisa também permitiu obter as intenções de compra de uma amostra de residentes na cidade de São Paulo (266). Em linhas gerais, os resultados desse recorte seguem as tendências estaduais

Os entrevistados que residem na cidade de São Paulo também, em sua maioria, pretendem comprar presentes no Natal (53,5%), enquanto 32,0% não manifestaram intenção e 14,6% estão indecisos. Aqueles que estão propensos a comprar desejam fazê-lo em grandes redes de varejo (53,3%), em lojas físicas (56,8%), adquirindo itens que, em sua maioria (40,1%), custem entre R$ 150 e R$ 450.  Tal como na pesquisa estadual, a maior parte dos que participaram da sondagem (83,2%) não antecipou as compras do Natal na Black Friday.

A principal diferença em relação às intenções captadas na pesquisa estadual é a maior proporção dos entrevistados que pretende gastar mais nesse ano (44,0%), enquanto 42,4% desejam o contrário, com 13,7% ainda indecisos.

“Em síntese, tal como pode ser concluído a partir da pesquisa nacional, as perspectivas para as vendas de Natal, em termos do Estado e da Cidade de São Paulo, também se configuram como bastante favoráveis, não tendo sofrido “canibalização” durante o período de Black Friday, e podendo ser impulsionadas pela melhor situação de renda, emprego e expectativas do consumidor”, conclui Ruiz de Gamboa.