Pesquisa mostra impacto da pandemia nos hábitos de crianças e jovens

Dados mostram uma queda na adesão da atividade física e um aumento no uso de eletrônicos

Uma pesquisa do Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente, ligado à Fundação Oswaldo Cruz, mostra os impactos do isolamento social, durante a pandemia, na vida de meninos e meninas, de 0 a 18 anos, de várias regiões do Brasil.

A conclusão é de 38,55% das crianças e adolescentes praticam hoje a quantidade adequada de exercícios físicos para um desenvolvimento saudável, que deve ser de pelo menos uma hora por dia. Antes da pandemia, esse índice chegava a 61,43%.


Ficou mais difícil também equilibrar o tempo de uso dos eletrônicos. Segundo os parâmetros da pesquisa, o indicado é, no máximo, duas horas por dia, para maiores de 2 anos e nenhum contato para os menores. A quantidade dos que seguem um padrão aceitável caiu de 67,22% para 27,27%.

"Acaba impactando muito na questão do condicionamento físico, condicionamento cardio-metabólico, inclusive, pode ter impactos no desenvolvimento cognitivo das crianças", esclarece a pesquisadora Natália Molleri.

O trabalho sugere uma união de esforços entre poder público, escolas e família, para evitar um futuro com mais casos de diabetes, hipertensão e doenças mentais.