Polícia de Rio Preto apreende R$ 1,3 mi com empresário investigado por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (7), na casa de quatro empresários da mesma família, que teriam participações na sociedade de uma grande rede de postos de combustíveis

Polícia de Rio Preto apreende R$ 1,3 mi com empresário investigado por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas  - Polícia Civil

 

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de quatro empresários da mesma família, onde um deles possui participação na sociedade de uma grande rede de postos de combustíveis, na manhã da última quarta-feira (7), em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.



A ação deu apoio a ‘Operação Fim da Linha’, deflagrada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Ao todo, 403 mandados de busca e apreensão são cumpridos em 22 estados brasileiros, além do Distrito Federal. O objetivo é combater uma organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro obtido com o tráfico de drogas.

Segundo informações do delegado Ricardo Rodrigues, que coordenou os trabalhos em Rio Preto, na casa de um dos alvos foi apreendido R$ 1,3 milhão em notas de reais, euros e dólares.

“Este dinheiro foi apreendido e será encaminhado para a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que vai analisar e periciar o material, para descobrir sua origem, de onde veio esse dinheiro”, explicou o delegado ao sbtinterior.com.

Por meio de nota, o advogado do empresário investigado na operação, Dr. Edlênio Barreto, ressaltou que a rede de postos de combustíveis não é alvo da investigação da polícia. Confira na íntegra abaixo: 

"Diferente do que está sendo noticiado, a presente investigação não tem vínculo com nenhuma rede de postos. Reitero que trata-se de um recebível que foi feito numa operação na venda de um bem. Os contratos já foram apresentados para a justiça e tão logo esse equívoco será reparado.", escreveu. 

Fim da Linha

Mais de 900 ordens judiciais foram emitidas na 4ª fase da operação, que mobiliza 1,3 mil policiais. 188 pessoas tiveram suas contas bloqueadas. Segundo a Polícia Civil, apenas um dos alvos de mandado de prisão movimentou R$ 6 milhões em dinheiro sujo. Outras três pessoas investigadas lavaram R$ 160 milhões em empresas fantasmas. 

Na lista de bens que serão apreendidos durante toda a operação estão sete embarcações, nove aeronaves e 187 veículos, que somam R$ 43 milhões. Os policiais também averiguam 42 imóveis usados pelo grupo criminoso. Outros quatro mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos no Mato Grosso do Sul, onde uma pessoa foi presa. Os policiais também apreenderam R$ 1 milhão.



Outras três pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e também no Mato Grosso do Sul.