Polícia encontra ligação surpreendente entre assassinatos ocorridos em Araçatuba

Troca de mensagens mostra autores se comunicando antes dos crimes ocorridos em janeiro e março deste ano

Polícia encontra ligação surpreendente entre assassinatos ocorridos em Araçatuba - Reprodução/SBT Interior


A Polícia Civil de Araçatuba encontrou uma ligação surpreendente entre os dois principais crimes ocorridos em Araçatuba em 2023.


Os policiais identificaram, em um celular, uma conversa entre um dos autores do latrocínio contra o motorista de aplicativo Glauber Humberto Florentino, e o filho, de 36 anos, que foi preso após planejar e ajudar a matar, junto com um amigo, a própria mãe, Magali Cantarani Poletti e o padrasto, Lourival Aparecido Poletti a pauladas, em janeiro deste ano.

Glauber foi assassinado por dois irmãos e enterrado na zona rural de Bento de Abreu, no início de março. O corpo foi encontrado dias depois pela polícia.

De acordo com os delegados Rodolf​​o Carlos de Oliveira e Antonio Paulo Natal, um dos irmãos enviou mensagens ao homem que matou a mãe e o padrasto, perguntando a ele como poderia fazer para dopar uma pessoa.

"O autor do crime [morte de Glauber] pedia que ele [acusado de matar mãe e padrasto] ensinasse a fazer uma pessoa dormir usando medicamentos. Ele disse que estava com muita raiva e queria fazer uma pessoa dormir por dois dias", explicou Rodolfo.

"Por coincidência, nós havíamos apreendido o celular do acusado de matar a mãe e o padrasto e confirmamos que houve a troca de mensagens. O acusado de matar Glauber ainda tentou fazer ele se comprometer a comprar um carro, por isso chegamos a conclusão de que o caso do Glauber foi realmente latrocínio (roubo seguido de morte) porque era essa a intenção dele desde dezembro do ano passado: matar alguém para vender um carro".

SEGUNDO PRESO

Nesta quarta-feira (29), a polícia prendeu um segundo envolvido na morte do motorista, que também é irmão do primeiro preso.​ Os delegados confirmaram, durante coletiva de imprensa, que o caso foi esclarecido com latrocínio.

"Agora, vamos pedir as prisões preventivas dos dois, aguardar mais alguns laudos e depois enviar o caso à Justiça. Os crimes podem chegar de 21 a 30 anos de prisão", finalizou Paulo Natal.