Prefeito apaga a luz em reunião com diretores da Enel para mostrar como é ficar no escuro

De acordo com o prefeito, são 6 mil pontos que precisam do retorno da energia elétrica na cidade

Prefeito apaga a luz em reunião com diretores da Enel para mostrar como é ficar no escuro - Reprodução


O prefeito de Embu das Artes, Ney Santos (Republicanos), apagou a luz durante reunião com diretores da Enel, nesta terça-feira, 7, em protesto pela falta de energia elétrica que atinge a Grande São Paulo desde sexta-feira, 3, após tempestade.


Durante o encontro com a diretoria da concessionária, Santos se levantou e apagou a luz. "Imagina chegar na sua casa e está tudo escuro. Você procura a luz, procura energia e não acha", disse o prefeito no vídeo. Em resposta ao chefe do Poder Executivo de Embu das Artes, a Enel prometeu envio de 51 equipes de média complexidade e 13 equipes de alta complexidade.

De acordo com o prefeito, são 6 mil pontos que precisam do retorno da energia elétrica na cidade. Caso o problema não seja resolvido, Ney Santos disse que contratará ônibus com recurso próprio e levará munícipes para protestar na sede da Enel, na capital paulista.

"Estamos com bairros desde sexta sem energia. A população começou a protestar e fechou a (Rodovia) Régis Bittencourt ontem e hoje (segunda e terça). Agora pouco tentaram incendiar um caminhão da Enel. Temos região de mata, rural, se eles não estiverem com a Prefeitura, eles não conseguem executar o serviço porque tem muita árvore nos fios. Então eles ficam prometendo para gente o retorno da luz e não volta", disse Ney Santos ao Estadão.

A Câmara de Vereadores de Embu das Artes abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Enel. Na capital paulista, uma CPI também será instalada. Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputados apuram desde maio serviços prestados pela concessionária.

Em nota divulgada nesta terça, a Enel informou que suas equipes seguem atuando para concluir o restabelecimento da energia. "A Enel colocou quase 3 mil profissionais nas ruas que seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e normalizar o fornecimento para quase a totalidade dos clientes até esta terça-feira, conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo", disse a companhia. A previsão era que o serviço fosse totalmente restabelecido até a noite desta terça - mas não foi cumprida.