NA CAPITAL
Prefeitura decide pela demolição de palacete histórico na Bela Vista
22. O imóvel, que fica no número 376 da Rua Artur Prado, corre risco de desabamento, segundo a Defesa Civil do Estado, e vem assustando moradores da região com a possibilidade de colapsar
O Casarão das Muletas, palacete histórico localizado no bairro da Bela Vista, centro de São Paulo, deverá ser demolido, informou a Prefeitura da capital na noite desta segunda-feira, 22. O imóvel, que fica no número 376 da Rua Artur Prado, corre risco de desabamento, segundo a Defesa Civil do Estado, e vem assustando moradores da região com a possibilidade de colapsar.
No último dia 13, parte da habitação, que se encontra abandonada, deteriorada e sustentada por uma série de estacas de madeira - que dá origem ao apelido "muletas" -, cedeu. Após o episódio, o local e parte de um prédio ao lado foram interditados, e a administração municipal passou a estudar a possibilidade de fazer uma reforma ou demolir a construção, que é tombada como patrimônio histórico da cidade desde 2002.
A decisão dependia de um laudo feito por técnicos da Subprefeitura Sé. "A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Sé, concluiu o laudo a respeito das condições da edificação, com o resultado favorável pela demolição imediata do imóvel por risco de colapso", disse a administração municipal em nota.
A liberação da demolição do palacete depende também do aval do Departamento do Patrimônio Histórico do Município, que vai avaliar o laudo enviado pela administração regional. De acordo com a Prefeitura, a Subprefeitura Sé "já iniciou o processo para contratação emergencial" do serviço.
Em entrevista na última segunda-feira, 15, o subprefeito da Sé, Álvaro Camilo, definiu a situação como "emergencial". A administração regional também afirmou que entraria em contato com o proprietário do casarão, mas, no anúncio desta segunda, a Prefeitura afirmou que a pessoa "ainda não foi localizada".
Conforme consta no site São Paulo Antiga, o casarão da Bela Vista foi construído em 1913 e serviu de "residência para a família Ribeiro da Luz até meados da década de 80". O local não serve como residência há anos, e foi tombado como patrimônio histórico em 2002. Com o tempo, o palacete se deteriorou.