​Quadrilha 'arrecadava' R$ 200 mil por semana com golpes em Rio Preto​

​Quadrilha 'arrecadava' R$ 200 mil por semana com golpes em Rio Preto​ - Divulgação


Os integrantes da quadrilha que aplicavam o golpe da compra e venda de veículos arrecadavam R$ 200 mil por semana em Rio Preto.​ Quatro homens, apontados como integrantes da quadrilha, foram presos hoje na cidade.​


Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira, 28, o delegado do 1º, 2º e 5º distritos policiais de Rio Preto, Júlio Pesquero, deu detalhes de como a quadrilha agia tanto em Rio Preto quanto nas demais cidades do País.

Segundo o delegado, um dos membros dessa organização criminosa foi identificado em Rio Preto. Quatro homens suspeitos de integrarem a quadrilha de estelionatários foram presos.

Pesquero afirma que a quadrilha começou a praticar os golpes em Cuiabá (MT), depois passou a agir em outras cidades e Estados. Ele explica que os criminosos  são suspeitos de integrarem o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, que tem ramificações no Estado do Mato Grosso. Eles agiam da mesma forma: pegavam as fotos de um carro que estava sendo anunciado em sites de compra e venda de veículos e divulgavam com um preço menor.

A vítima, interessada em comprar o veículo, entrava em contato com ele. Enquanto isso, o criminoso estava em contato com o vendedor do carro também. Ele combinava com a vítima compradora de ir até o local onde o veículo estava, mas não conversar com o vendedor, porque eles já tinham combinado um valor.  Nesse mesmo tempo, o estelionatário estava em contato com o vendedor avisando que um primo ou amigo iria ver o veículo, mas que era para ele também não comentar nada sobre valores.​ ​E era o que acontecia e o golpe era concluído.

A vítima compradora depositava o dinheiro em uma conta de terceiros, que os criminosos usavam nomes laranjas. Um dos integrantes da quadrilha fazia a transferência para outro Estado. Depois, outro integrante sacava esse dinheiro em outro Estado e entregava a quantia aos "cabeças" da quadrilha.

"Através de investigações tivemos a sorte de encontrar em Rio Preto um membro da organização criminosa, que é ligada ao comando vermelho do Rio de Janeiro. (Eles) estão agindo no estado de São Paulo", arma.