"Brasileiro quer um país onde as pessoas possam voltar a fazer três refeições ao dia", diz Fausto Pinato

Deputado federal prestigiou​, nesta sexta (10),​ o ​programa ​'Governo na Área​'​, do Governo de SP, em Barretos e esteve no SBT, em Rio Preto (SP)

"Brasileiro quer um país onde as pessoas possam voltar a fazer três refeições ao dia", diz Fausto Pinato - SBT Interior


​O deputado federal Fausto Pinato (Progressistas) acredita que as eleições deste ano devem ser definidas, não por partido ou ideologia, mas pelo desejo do brasileiro em voltar a ter comida no prato.


Pinato e outros líderes políticos regionais participaram nesta sexta (10) de mais uma etapa do programa 'Governo na Área', do governo de SP, que anunciou mais de R$ 200 milhões em obras e serviços para a região de Barretos (SP).

Estiveram presentes, ainda, o governador estadual, Rodrigo Garcia (PSDB), o presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de SP), Carlão Pignatari, além de secretários estaduais e prefeitos da região. Após o evento, Fausto Pinato visitou o SBT no interior, em Rio Preto, onde concedeu entrevista ao sbtinterior.com.

​SBT: Qual é a sua visão geral da política brasileira hoje? Como acha que será o 2022 político no país?

Fausto Pinato: A política, hoje, no âmbito nacional, está passando por um momento importante da democracia. A gente percebe que a tentativa de ruptura institucional não vai acontecer. Nossas instituições estão muito fortes, é lógico que tem gente que, de certa forma, tenta insinuar alguma coisa para tentar a ruptura, mas com certeza a maciça população acredita na democracia e quer a democracia. Mas é importante estar atento, principalmente agora nesses momentos de interferências ou possíveis fake news quererem levar à dúvida as nossas instituições.

​SBT: E em São Paulo? O que podemos esperar para o estado 2023?

FP: Com todo o respeito que tenho aos estados, amo nordestinos, tenho amigos gaúchos, trabalho para um Brasil único, mas o estado de SP é o corpo e alma deste país. Nós somos o que arrecada. Nós arrecadamos R$ 750 bilhões por ano e voltam R$ 46 bilhões. Somos aleijados, muitas vezes, porque dizem que os deputados são representantes do povo. E temos 30% do eleitorado brasileiro, mas não temos 30% das cadeiras na Câmara. E São Paulo é um país dentro de um país. E diante de tanta tentativa de ruptura institucional, seja de esquerda ou de direita, nada acrescente no interesse da população brasileira.

Hoje a moda não é mais mão no coração, é prato na mão. Então vejo que é um momento muito importante de reflexão. E SP não tem que ficar nem para a esquerda e nem para a direita, tem que ficar para frente, ser o grande árbitro desta nação, que vai respeitar o resultado das urnas e fazer o seu papel, contribuindo com ideias e a arrecadação que sustenta este país.

​SBT: O senhor falou em prato na mão, e a economia têm corroído o salário do trabalhador. As pessoas não estão acreditando que vai melhorar. Como o senhor vê isso?

​FP: Tenho visto presidenciáveis falando que teve muita coisa que a esquerda fez de bom, o Bolsonaro também tentou alavancar algumas coisas na agricultura, mas cometeu um erro: hoje, em vez de arma na mão, o pessoal quer trabalho. Então a gente percebe o seguinte: é um presidente que não estuda economia, de certa forma não tem mão firme na economia para que, de certa forma, possa controlar essa inflação, diminuindo o preço dos combustíveis. Está em cima da eleição (...) Então, por causa de brigas desnecessárias, perdendo muito tempo com ideologias terra planistas, de certa forma arranhou muito essa esperança. Sinto que a população, hoje, no fundo, não está nem olhando mais bandeira nem número, ela está olhando simplesmente aquele que, de certa forma, possa fazer do Brasil um país onde as pessoas possam fazer três refeições ao dia. (Colaborou: Larissa Cruz)