São Paulo reforça alerta para vacinação contra sarampo nas férias

Com o início das férias escolares e o aumento nas viagens nacionais e internacionais, o Governo de São Paulo faz um alerta para a importância da vacinação contra o sarampo. O aviso vem após países vizinhos ao Brasil emitirem alertas epidemiológicos sobre a doença.

A vacina tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola, é a forma mais segura e eficaz de prevenção.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, desde o ano passado, todas as regiões do mundo registraram aumento de casos de sarampo. No Brasil, já são cinco casos confirmados só neste ano, um deles em São Paulo, sem origem conhecida.

“O sarampo passa de pessoa para pessoa pelo contato com secreções respiratórias liberadas ao tossir, espirrar ou falar. Os sintomas aparecem entre 7 e 21 dias depois. A pessoa pode transmitir o vírus desde seis dias antes até quatro dias depois do surgimento das manchas vermelhas na pele”, explica Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE).

Para quem pretende viajar, a recomendação é colocar a vacinação em dia pelo menos 15 dias antes do embarque. Caso apresente febre e manchas vermelhas até 21 dias após o retorno, é indicado evitar contato com outras pessoas e procurar atendimento médico, informando sobre a viagem.

COBERTURA VACINAL CRESCE NO ESTADO

São Paulo melhorou a cobertura de todas as vacinas do calendário básico infantil. A primeira dose da tríplice viral saltou de 78,4% em 2022 para 98,6% em 2024. A vacina contra febre amarela subiu de 64,4% para 81,2%.

Outras vacinas também tiveram aumento expressivo:

Pentavalente: de 76,7% para 91,8%

Poliomielite: de 77,1% para 91,7%

Rotavírus: de 77,2% para 90,1%

Meningocócica C: de 78,2% para 90,2%

BCG: de 82,1% para 90,3%, atingindo a meta nacional

Quem deve se vacinar contra o sarampo

Crianças de 6 a 11 meses: Dose Zero (não conta para o calendário regular, mas protege em casos de risco elevado).

12 meses a menores de 5 anos: primeira dose aos 12 meses (tríplice viral) e segunda dose aos 15 meses (tetraviral ou tríplice viral + varicela).

5 a 29 anos: duas doses da tríplice viral, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

30 a 59 anos: uma dose para quem não comprovar vacinação anterior.

Profissionais da saúde, turismo, hotelaria, transporte, alimentação e educação devem ter esquema vacinal completo.

TIRE SUAS DÚVIDAS

Para quem quiser mais informações, o Governo de São Paulo criou o portal “Vacina 100 Dúvidas”, que responde às principais perguntas sobre vacinas, efeitos colaterais, eficácia e doenças preveníveis. O site é www.vacina100duvidas.sp.gov.br.