Secretário Eleuses Paiva discute Projeto de Regionalização da Saúde e panorama na Macrorregional de Rio Preto

Evento organizado pela Secretaria de Estado da Saúde reuniu autoridades, prefeitos e representantes de 102 municípios, no auditório da Famerp, em São José do Rio Preto (SP)

Secretário Eleuses Paiva discute Projeto de Regionalização da Saúde e panorama na Macrorregional de Rio Preto - SBT Interior


O secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva esteve no auditório da Famerp, em São José do Rio Preto (SP), nesta terça-feira (11), para participar da Mesa de Abertura da Oficina de Regionalização da Saúde - Macrorregional de Rio Preto. O Projeto de Regionalização da Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES) busca reorganizar as unidades de saúde e investimentos de acordo com as necessidades e demandas de cada região.


“O Estado de São Paulo irá assumir a responsabilidade de remunerar de forma adequada os prestadores de serviço na área da saúde. O primeiro passo é entender os gargalhos, os compromissos com cada gestor e analisar a região como assistência de saúde. Outra mudança que iremos fazer é regionalizar o CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) dando mais resolutividade e agilidade nos problemas da região”, explicou Eleuses Paiva.

Ao lado do secretário, participaram também da Mesa de Abertura, o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS) e secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, Geraldo Reple Sobrinho, e o consultor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e coordenador do Projeto de Regionalização da Saúde, Renilson Rehem.

O objetivo do programa é a diminuição das desigualdades entre as regiões para aumentar a eficiência do gasto público, ampliar a oferta de serviços, fazer as filas andarem e reduzir a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento. Atualmente, os municípios aplicam até 40% do seu orçamento na saúde, mas, devido à falta de integração das unidades, muitas vezes o cidadão ainda não tem suas necessidades atendidas. O projeto prevê a adequação dos ambulatórios médicos de especialidades e hospitais estaduais às necessidades regionais, efetivamente descentralizando o sistema de saúde.

O Programa de Regionalização da Saúde do Estado de São Paulo conta com a parceria do Cosems-SP e o apoio da OPAS, com a qual foi assinada a Carta de Cooperação Mútua para a qualificação e fortalecimento da gestão estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado de São Paulo. A parceria propõe buscar formas de entrosamento entre as instituições, para criar, manter e dinamizar redes permanentes entre os quadros funcionais e assegurar a cooperação entre eles.

As Macrorregiões que sediaram oficinas até o momento foram as de Bauru, Taubaté, Marília e Presidente Prudente. A próxima, da Macrorregião de Araçatuba, ocorrerá nesta semana, nos dias 13 e 14 de julho. No dia 5 deste mês, uma reunião preparatória conduzida pelo secretário Eleuses Paiva fez uma avaliação daquilo que já foi realizado pelas Oficinas e definiu os objetivos para os eventos futuros.

A Oficina da Regionalização da Saúde - Macrorregional de São José do Rio Preto é um evento realizado em dois dias. Nesta terça-feira (11), estão ocorrendo painéis sobre o Projeto de Regionalização, reuniões de diagnóstico da Assistência Primária à Saúde (APS) e apresentação dos problemas assistenciais e de acesso à saúde na região. Na quarta-feira (12), prosseguirão os trabalhos dos grupos para apresentar propostas e relatórios sobre as questões trabalhadas e reapresentação do cronograma de atividades do projeto.

O prefeito Edinho Araújo pontuou que o momento é de transformar a saúde. “Temos vários integrantes na área, como em um jogo de futebol, cada um com suas habilidades e posições bem definidas. Dentro deste contexto e trazendo para o programa que aqui estamos debatendo, temos a oportunidade de discutir e analisar as demandas regionais, como em um processo de escuta. Essa é a oportunidade que temos para combinar a organização desses serviços, aliados com o compromisso financeiro de cada município”.