Servidores do BC aprovam dois novos atos em prol de reestruturação de carreira

Servidores do BC aprovam dois novos atos em prol de reestruturação de carreira - Arquivo/Agência Brasil


O Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal) aprovou nesta terça-feira, 23, dois novos atos virtuais para pressionar o governo em prol da reestruturação de carreira da categoria, nos dias 13 e 14 de setembro. Nesta terça, os servidores fizeram uma primeira mobilização, de 14 horas às 16 horas, em que debateram os problemas enfrentados e o futuro da mobilização, além de terem se manifestado pelas redes sociais. A expectativa é que os novos atos sigam o mesmo formato, mas também será discutido um protesto presencial.


Ainda não haverá paralisação de serviços do BC, mas o sindicato já alertou nesta terça que, se não houver avanços na negociação, a categoria pode iniciar uma "operação diferenciada", com impacto sobre algumas atividades da autarquia.

A nova mobilização ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar uma proposta de reajuste de 18% nos salários do Judiciário em 2023. Os servidores reclamam da demora do governo para enviar a proposta de reestruturação de carreira do BC para o Congresso e cobram uma reunião com o Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

A categoria encerrou a greve em busca de recomposição salarial e reestruturação de carreira no dia 5 de julho, após mais de 90 dias de mobilização. Com o veto do governo a qualquer aumento no contracheque do funcionalismo federal este ano, a única vitória da categoria com a greve foi o envio de uma proposta de Medida Provisória ao Ministério da Economia com a pauta não salarial. Dentre os pontos pedidos, há a exigência de ensino superior em concursos para o órgão, a mudança do nome do cargo de analista para auditor, a criação de uma taxa de atividade e de um bônus de produtividade.

A proposta, contudo, "empacou" na Economia. Segundo fontes, a pasta indicou que só aceita, sem alterações, a proposta de mudança do nome do cargo de analista. No caso da taxa de administração, um valor que seria cobrado dos regulados para sustentar o funcionamento do órgão, disse que teria que ir para o caixa único do Tesouro Nacional.

Nos corredores do BC, há insatisfação com a maneira que o movimento dos servidores foi conduzido pela diretoria do órgão, com queixas sobre a articulação política.

A greve este ano prejudicou uma série de serviços e publicações importantes do BC, algumas delas ainda não estão em dia.