SP oferta mais de 322 mil testes de HIV e sífilis em todo o Estado

SP oferta mais de 322 mil testes de HIV e sífilis em todo o Estado - Divulgação/Governo de São Paulo


O Estado de São Paulo vai ofertar 322,7 mil testes de HIV e sífilis logo na primeira semana do “Dezembro Vermelho”, mês que simboliza a luta contra a Aids.


A iniciativa começa a partir de 1º de dezembro, Dia Mundial da Luta Contra a Aids, e vai até o dia 7. Do total de testes, 138.290 serão testes rápidos e 28.388 exames convencionais de HIV; e 134.156 rápidos e 21.880 convencionais de sífilis.

A iniciativa mobiliza 556 municípios que aderiram à campanha “Fique Sabendo”, que chega em 2020 à sua 13ª edição. Ações extramuros ocorrerão em 226 cidades, além das testagens nos serviços convencionais de saúde, com base nas estratégias definidas por cada local, seguindo as diretrizes de segurança e prevenção à COVID-19.

Atividades também devem ocorrer no final de semana, especialmente no sábado (5), em cerca de 30% dos municípios envolvidos. O cidadão pode consultar serviços de saúde de seu local de moradia para mais informações.

A adesão das Prefeituras superou as expectativas, neste ano. “A campanha anual intensifica um trabalho que o SUS realiza durante o ano todo voltado à prevenção das ISTs (Infeccções Sexualmente Transmissíveis). Temos mais de 85% das nossas cidades participando e colaborando com esta missão de ampliar o acesso da população ao diagnóstico e tratamento precoce”, comenta o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.

Toda ação é coordenada pelo Centro de Referência e Treinamento (CRT) em DST/Aids. Também foram distribuídos 5 milhões de folders e cartazes informativos para estímulo às testagens, 40 mil cartazes, preservativos masculinos e géis lubrificantes, além de 8 mil sacolas de pano, 2 mil bolsas térmicas e 26 mil camisetas “Fique Sabendo” para os profissionais de saúde.

A Aids tem tratamento e a sífilis tem cura. Fazer o diagnóstico e tratar os portadores dessas doenças é uma forma efetiva de melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas e quebrar a cadeia de transmissão, visando o controle desses dois importantes problemas de saúde pública.

Sobre HIV e sífilis

Ambos podem ser transmitidos ou adquiridos através da relação sexual desprotegida, ou por meio do contato com mucosas ou área ferida do corpo, além do compartilhamento de seringas e agulhas. Também pode ocorrer transmissão congênita, ou seja, quando as crianças já nascem portadoras do vírus do HIV (vírus da imunodeficiência humana) ou infectadas pela bactéria causadora da sífilis (Treponema pallidum).

Nem toda a pessoa que se infecta pelo HIV tem Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Isto porque algumas pessoas podem não desenvolver sintomas mesmo após a infecção e neste caso, passam a viver com o vírus. A Aids é o estágio mais avançado da infecção pelo HIV e surge quando o organismo apresenta baixa imunidade, facilitando o aparecimento de outras infecções oportunistas. O primeiro caso da doença ocorreu em SP em 1980 e, até junho de 2020, foram notificados 281.093 casos de Aids e 113.294 de infecções pelo HIV.

Há também três classificações da sífilis: a adquirida, por meio de relação sexual; a congênita, por transmissão vertical (da mãe para bebê); e gestacional (infecção no período de gestação). Em SP, foram notificados, em 2019, 37.299 casos de sífilis adquirida, 4.013 de congênita e 12.676 casos em gestantes.