PRESO PELA PF
Valdemar Costa Neto diz à PF que pepita de ouro foi presente e que achava que não tinha valor comercial
Presidente do PL foi liberado na noite de sábado depois que o ministro Alexandre de Moraes revogou a prisão preventiva
O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, disse em depoimento à Polícia Federal que ele ganhou de presente a pedra de ouro em formato bruto encontrada no cofre do apartamento dele, em Brasília, durante operação na semana passada. Em seu interrogatório, o dirigente do partido de Jair Bolsonaro afirmou que não lembra o nome da pessoa que teria lhe dado a pepita de ouro como presente e que isso ocorreu há mais de quatro anos.
Valdemar Costa Neto também relatou aos policiais que cogitou dar o objeto para uma sobrinha que trabalha com joias, no entanto, acabou esquecendo a caixa com a pedra de ouro no seu cofre pessoal. O político também disse não ter ideia do valor comercial da pedra e que acha que a pepita não era valiosa.
A perícia feita pela Polícia Federal já apontou que a pepita teve origem em um garimpo e agora está sendo feita uma análise mais minuciosa para saber se a pedra de ouro foi extraída de forma ilegal. Conforme a PF, a pedra pesa 39 gramas e tem um teor aproximado de 91,79% de ouro puro. Seu valor é estimado em R$11.687,71.
Sobre a arma e as munições que também foram encontradas no cofre, Valdemar Costa Neto sustenta que ambas são do filho dele, mas que estavam com o presidente do PL há mais de oito anos. Segundo o dirigente, faz mais de quatro anos que ele não tem contato com o filho, Paulo Marcelo Costa. Segundo o dirigente partidário, ele ficou com a arma depois que fizeram uma viagem para Manaus (AM).
O presidente do PL foi alvo de operação da PF, porque, de acordo com os investigadores, em novembro de 2022 quando Valdemar Costa Neto protocolou uma representação questionando o resultado das eleições e a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ele participou de um plano golpista. Conforme as investigações, esse plano teria sido liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Outras quatro pessoas acabaram presas na operação.