Desde 1962, FAPESP já apoiou 1.134 pesquisas no Instituto Butantan

Desde 1962, FAPESP já apoiou 1.134 pesquisas no Instituto Butantan - Divulgação/Governo de São Paulo


Em 1962, em seu primeiro ano de operação, a FAPESP concedeu a pesquisadores do Instituto Butantan – entre eles Raymond Zelnick e Willy Beçak – três auxílios à pesquisa e três bolsas, para estudos sobre citogenética humana, venenos ofídicos e cardiotônicos. Desde então, essa parceria já se traduziu no apoio a 1.134 projetos de pesquisa – 54 ainda em andamento, entre eles os ensaios clínicos da vacina Coronavac – e 1.458 bolsas, mais de 80 em curso. Às vésperas de completar 60 anos, essa colaboração foi celebrada no dia 6 maio, em visita dos dirigentes da FAPESP à sede do Instituto.


“O apoio da FAPESP ao Butantan e à ciência do Estado de São Paulo é fundamental. É por meio da FAPESP que a ciência consegue ter os subsídios e o apoio que precisa para produzir vacinas e outros medicamentos”, afirmou Dimas Covas, presidente do Butantan.

Raul Machado, diretor de Estratégia Institucional do Butantan, sublinhou que, entre 2002 e 2021, os projetos do Instituto apoiados pela FAPESP resultaram em 1.931 publicações em revistas científicas indexadas. “Nos últimos dez anos, a dinâmica de citações saltou da casa de centenas para milhares”, observou.

O Instituto Butantan também sedia o Centro de Excelência para Descoberta de Alvos Moleculares (CENTD), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela Fundação em parceria com a GlaxoSmithKlein (GSK), e o Centro de Pesquisa em Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular (CeTICS), um dos 17 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP que, de acordo com Machado, além de investigar a resposta sistêmica de células, tecidos e organismos usando toxinas peptídicas, também tem contribuído para avaliar a extensão dos processos inflamatórios de pacientes acometidos pela COVID-19.

O apoio da FAPESP possibilitou ainda o desenvolvimento do soro elaborado a partir do plasma de cavalos, que tem como objetivo amenizar os sintomas da doença em pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2, e a implementação da Rede de Alerta das Variantes de COVID-19, criada para detectar as variantes emergentes do novo coronavírus no Estado de São Paulo.

Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, sublinhou que “o Instituto Butantan tem uma função vital para garantir a autonomia de São Paulo e do Brasil na produção de vacinas” e afirmou que a Fundação seguirá apoiando pesquisas orientadas para resultados que se traduzam na produção de novas vacinas e fármacos.

“De 1962 para cá, os projetos fomentados e apoiados pela FAPESP no Butantan resultaram em benefícios diretos à população. Não só à do Estado, como à de todo o país. Por isso, só temos a agradecer”, concluiu Covas ao final do encontro.

Participaram da visita o diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, Carlos Américo Pacheco; o diretor científico e o diretor administrativo da Fundação, Luiz Eugênio Mello e Fernando Menezes, respectivamente; e o chefe de gabinete da presidência da FAPESP, José Roberto Drugowich.