CRIME CRUEL
Acusados de matar advogado de Rio Preto vão a júri popular nesta terça (27)
Cláudio Topgian Rollemberg morreu aos 59 anos, em julho de 2021, após ser espancado por causa de uma dívida
Os acusados de espancar e matar o advogado Cláudio Topgian Rollemberg, de 59 anos, em julho de 2021, vão a júri popular nesta terça-feira (27) em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Rollemberg era uma figura conhecida e querida na cidade, e morreu por causa de uma dívida de R$ 40.
Na época do crime, o sbtinterior.com acompanhou todo o desfecho do caso e teve acesso com exclusividade aos exames realizados no dia em que a vítima deu entrada no Hospital de Base de Rio Preto.
Os exames apontaram traumatismo craniano, dezenas de fraturas em diversos ossos do rosto e do peito.
A Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC) investigou o caso e obteve imagens de circuito de segurança de casas vizinhas que ajudaram no esclarecimento do crime.
Os réus Carlos Frederico Duarte Maia e Fernando de Oliveira Grossi, ambos artistas de rua, procuraram Rollemberg no dia 17 de julho de 2021 para puni-lo pelo não pagamento de uma dívida de R$ 40 que ele tinha com Fernando. Os dois foram até a casa do advogado, na região central da cidade, e o espancaram brutalmente com um taco de beisebol e um soco inglês.
Ao passarem novamente pela casa da vítima e notar que Rollemberg ainda estava vivo, a dupla usou o celular de Fernando para pedir socorro. O registro do número levou a Polícia Civil até os acusados.
Os dois serão julgados por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Bacana
Cláudio Topgian Rollemberg morreu após ficar 10 dias internado, inconsciente. Ele teve morte cerebral e a família optou por desligar os aparelhos que o mantinham com sinais vitais.
O advogado era bastante conhecido na cidade e já havia recebido centenas de homenagens e teve seu apelido "Bacana", batizado como nome de um restaurante que funcionou da década de 1980 até meados dos anos 2010. Ele estudou direito na Universidade de São Paulo e se especializou em direito internacional na França.
Cláudio deixou um filho, familiares e dezenas de amigos.