Araçatuba registra cinco casos de leishmaniose em humanos em 2021

A doença é transmitida a partir da picada do mosquito-palha infectado pelo protozoário Leishmania chagasi

Araçatuba registra cinco casos de leishmaniose em humanos em 2021 - Reprodução


Araçatuba registrou, de janeiro a julho deste ano, cinco casos de leishmaniose visceral em humanos. Em 2020, foi notificado apenas um caso da doença, transmitida a partir da picada do mosquito-palha infectado pelo protozoário Leishmania chagasi. Nos dois anos, não houve mortes – as últimas foram registradas em 2019, quando três pessoas morreram após contrair a zoonose.


De janeiro até agora, foram recolhidos e sacrificados 529 animais com leishmaniose, o que representa 60% do total de 876 cães recolhidos durante todo o ano de 2020, levando-se em conta os exames feitos no CCZ (Centro de Controle de Zoonozes) e em clínicas particulares.

O mais recente caso em humanos na cidade foi registrado no dia 16 deste mês, em um morador residente no Jardim Sumaré, onde a Secretaria Municipal de Saúde realiza, nesta semana, um bloqueio e manejo ambiental em uma área de 250 metros ao redor do caso confirmado.

Agentes de endemias coletam sangue dos animais daquela região para a realização de exames laboratoriais, com o objetivo de verificar se algum animal do bairro contraiu a doença.

O mesmo procedimento foi feito, este ano, nos bairros Lago Azul, Santana, Jardim Presidente, Hilda Mandarino e Boa Vista, conforme a diretora da Atenção Básica, Cristiane Camargo.

Para a população, a orientação é manter os quintais das residências sem matérias orgânicas (folhas, fezes, frutos, vasos com cascas de legumes) decompondo no solo, que servem de alimento para o mosquito-palha, transmissor da doença.

Outra dica é realizar o exame em seus animais. O CCZ realiza gratuitamente a coleta de sangue para exame de leishmaiose, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h.

Sintomas

A doença pode evoluir para uma forma mais grave meses após a infecção inicial e pode ser fatal se não tratada. Nas pessoas, os sintomas da doença são febre intermitente; aumento de baço e fígado; sangramento de mucosas; perda de peso; fraqueza e anemia. Nos animais, são feridas pelo corpo, principalmente ao redor de olhos, ponta de orelhas e focinho; crescimento de unhas; perda de peso; descamação pelo corpo; febre; sangramento de mucosas; e aumento de baço e fígado. (Com informações do RP10)