Associação Mata Ciliar confirma morte de anta resgatada de incêndio em Andradina

Animal foi encontrado por funcionária de uma usina no meio de um canavial destruído pelo fogo

Associação Mata Ciliar confirma morte de anta resgatada de incêndio em Andradina - Polícia Ambiental


A anta resgatada após ser encontrada gravemente ferida em um incêndio em um canavial em Andradina (SP), na última quinta-feira (12), não resistiu aos ferimentos e morreu na noite de ontem (13). O animal estava sendo tratado na ONG Mata Ciliar, em Jundiaí, uma organização especializada no cuidado de animais silvestres vítimas de queimaduras e acidentes. A anta havia sofrido queimaduras em 100% do corpo, o que causou a perda da visão devido à destruição de suas retinas, além de ter aspirado muita fumaça, o que prejudicou gravemente sua respiração.


O resgate da anta começou após ser avistada por uma funcionária da Usina Raízen Gasa, que acionou a Polícia Militar Ambiental. Após ser localizada, ela foi sedada, e a Polícia Ambiental, junto com profissionais do Hospital Médico Veterinário de Andradina, providenciaram o transporte. Foi necessário o uso de uma pá-carregadeira para transportá-la até a viatura, já que o animal pesava cerca de 200 kg.

A anta foi inicialmente encaminhada ao Hospital Médico Veterinário de Andradina, onde recebeu os primeiros cuidados. Sedada e estabilizada, foi transferida em uma viagem de carro que durou cerca de sete horas até a ONG Mata Ciliar, em Jundiaí.

Apesar de todos os esforços da equipe de veterinários e especialistas, o estado do animal era crítico. O fogo havia queimado completamente sua pele e danificado seus pulmões, o que tornou sua recuperação extremamente difícil. A anta, que é considerada uma espécie em risco de extinção, não resistiu às complicações e morreu.

A ONG Mata Ciliar, que atua no resgate e tratamento de animais silvestres, lamentou a perda do animal e destacou a gravidade das queimadas, que colocam em risco diversas espécies. A Polícia Militar Ambiental também ressaltou a importância da colaboração entre a população e as autoridades para a preservação da fauna, especialmente em situações de incêndio, que se tornam cada vez mais frequentes e perigosas.

O caso evidencia os desafios enfrentados pelos profissionais de resgate e tratamento de animais silvestres, em meio ao crescente número de incêndios que afetam a fauna brasileira.