Bolsonaro defende volta às aulas: "Inadmissível perder um ano"

Bolsonaro defende volta às aulas: "Inadmissível perder um ano" - Agência Brasil


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o retorno das aulas presenciais no país e disse que já acionou o ministro da Educação para tratar do assunto. A declaração foi feita em transmissão nas redes sociais nesta quinta-feira (17).


Na live, o chefe de Estado considerou inadmissível perder o ano letivo devido à pandemia do novo coronavírus

"Hoje, até mandei mensagem para o ministro Milton [Ribeiro], da Educação, para que se volte as aulas no Brasil. Nós somos o país que tem o maior número de dias da molecada sem aula, só está faltando nós. É inadmissível, perdemos um ano letivo", disse.

Nesta semana, Bolsonaro já havia afirmado que as instituições de ensino não deveriam ter fechado.

"Não tínhamos por que fechar escolas, mas as medidas restritivas não estavam mais nas mãos da presidência da República. Somos o país com o maior número de dias de lockdown nas escolas. Isso é um absurdo", expressou.

Auxílio emergencial

Ainda na transmissão, o político falou sobre a prorrogação do benefício até dezembro deste ano. O chefe de Estado admitiu que o dinheiro não é muito para as pessoas, mas para as contas do governo pesam.

"São cerca de R$ 50 bilhões por mês. Não é muito, mas não é desprezível. Não vi ninguém recusando o benefício", afirmou. 

Bolsonaro ainda explicou que o governo não tem esse dinheiro para custear tantas pessoas.

"Muitos estavam falando que é dinheiro do povo, mas não é. É endividamento que está indo para as contas de todo mundo. O governo não tinha dinheiro em caixa. E é muito pesado para gente e para o Brasil", disse.

Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), participou da live e fez um balanço sobre os pagamentos da ajuda criada para minimizar os efeitos da pandemia provocada pelo coronavírus.

Segundo o chefe do banco, o governo já repassou R$ 197 bilhões em auxílio emergencial para 67,2 milhões beneficiários do programa em todo o Brasil. Cerca de 45% de quem recebeu a ajuda vive nas regiões norte e nordeste do país. 

A ajuda criada em razão da pandemia foi prorrogada até dezembro, com valor de R$ 300. Em março, o benefício foi aprovado como suporte a trabalhadores informais e autônomos que perderam a renda devido à crise do novo coronavírus. A princípio, a medida previa pagamento no valor de R$ 600 pelo período de 3 meses.

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