Caiuá confirma primeiro caso de leishmaniose visceral

Paciente é criança de 2 anos que está internada no Hospital Regional, em Presidente Prudente (SP)

Caiuá confirma primeiro caso de leishmaniose visceral  - Ector Gervasoni/Unoeste


 


A Prefeitura de Caiuá (SP) registrou o primeiro caso de leishmaniose visceral.

O paciente é um menino, de dois anos. A criança está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Presidente Prudente (SP). 

O hospital informou, em nota, que o paciente deu entrada no pronto-socorro infantil da unidade na última segunda-feira (14). O estado de saúde é grave.

A prefeitura afirmou que a Vigilância Epidemiológica e a Secretaria Municipal de Saúde deram início ao trabalho para controle da doença no bairro onde o paciente mora.

Doença

A Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis.

Sintomas

Febre de longa duração

Fraqueza;

Redução da força muscular

Anemia

Formas de Transmissão

A Leishmaniose Visceral é transmitida por meio da picada de insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. Estes insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas.

A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

Prevenção

A prevenção da Leishmaniose Visceral ocorre por meio do combate ao inseto transmissor. É possível mantê-lo longe, especialmente com o apoio da população, no que diz respeito à higiene ambiental. Essa limpeza deve ser feita por meio de:

Limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os mosquitos se desenvolvem).
Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos.
Limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da manutenção de animais domésticos distantes do domicílio, especialmente durante a noite, a fim de reduzir a atração dos flebotomíneos para dentro do domicílio.
Uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais). No entanto, a indicação é apenas para as áreas com elevado número de casos, como municípios de transmissão intensa (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 4,4), moderada (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 2,4) ou em surto de leishmaniose visceral.