Calor extremo pode provocar quase cinco vezes mais mortes até 2050, diz estudo

O documento ainda aponta que, em 2022, a população mundial enfrentou 86 dias de temperaturas potencialmente fatais

Calor extremo pode provocar quase cinco vezes mais mortes até 2050, diz estudo - Reprodução


Um relatório divulgado nesta quarta-feira (15) pela revista Lancet aponta que as mortes relacionadas ao calor extremo podem aumentar quase cinco vezes até 2050. O documento teve a participação de 52 instituições de pesquisa e agências da ONU.


O estudo afirma que os óbitos aumentariam 4,7 vezes caso a temperatura subisse, em média, 2º C, na comparação com o período pré-industrial até o fim do século. 

"Os efeitos observados atualmente podem ser apenas um sintoma precoce de um futuro muito perigoso", diz diretora executiva do relatório, Marina Romanello

Romanello ainda disse que o balanço "revela que os perigos crescentes das alterações climáticas estão custando vidas e meios de subsistência em todo o mundo" e completa:

As projeções de um mundo 2°C mais quente revelam um futuro perigoso e são um lembrete sombrio de que o ritmo e a escala dos esforços de mitigação observados até agora têm sido lamentavelmente inadequados para proteger a saúde e a segurança das pessoas"

O documento também afirma que já em 2022 a população mundial enfrentou 86 dias de temperaturas potencialmente fatais.