Contas de luz terão alívio em novembro com redução nas tarifas
Bandeira amarela traz redução de 76% no valor adicional por 100 kWh, refletindo condições climáticas e aumento de energia renovável
A partir de novembro, os brasileiros poderão contar com um alívio nas contas de luz. O valor adicional cobrado a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos será reduzido de R$ 7,87 para R$ 1,88, uma diminuição significativa que promete aliviar o orçamento dos consumidores. A medida chega em um momento de pressão nas tarifas de energia, que vinham sendo impulsionadas por uma seca severa e pela necessidade de acionamento de usinas termelétricas, mais caras.
Essa decisão foi possível graças à melhora nas condições climáticas, com previsão de chuvas nas próximas semanas, permitindo que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reclassificasse a bandeira tarifária para amarela. Em outubro, vigorava a bandeira vermelha patamar 2, a mais custosa, refletindo a baixa nos reservatórios hidrelétricos. Com a reclassificação, a expectativa é de um impacto positivo nas finanças familiares e na inflação, já que a energia elétrica foi um dos principais fatores de aumento no Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) em outubro.
Além da ajuda climática, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem intensificado a geração de energia renovável, especialmente no Nordeste, com a ativação de novas linhas de transmissão. Esse reforço na oferta de energia limpa e barata é mais um fator que contribui para a moderação dos preços e para uma expectativa de estabilidade no setor.
Mesmo com a redução, a Aneel continuará monitorando os níveis de chuvas e a situação dos reservatórios. Ainda não há condições para acionar a bandeira verde, sem cobrança adicional, uma vez que o Brasil segue com previsões abaixo da média histórica de chuvas. Dessa forma, a tarifa extra é mantida para cobrir os custos com geração termelétrica, essencial para a segurança do abastecimento.
AUMENTO NO CONSUMO
O consumo de energia também aumentou no Brasil, subindo 2,8% em setembro em comparação ao mesmo mês de 2023, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esse crescimento no uso da energia coincide com a aplicação da bandeira vermelha nos últimos meses, reforçando a importância das recentes reduções tarifárias para aliviar o orçamento das famílias e dos setores produtivos do país.