Defensoria Pública de Rio Preto pede internação compulsória de mãe que abandonou bebê em calçada

Jovem de 21 anos é dependente química e sofre com transtornos mentais, como a bipolaridade; ela está internada no Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes

Defensoria Pública de Rio Preto pede internação compulsória de mãe que abandonou bebê em calçada - Divulgação/ TV Câmara

 

O defensor público Júlio César Tanone, de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, pediu à Justiça pela internação compulsória da jovem de 21 anos que abandonou a filha de apenas nove meses de vida na calçada de uma pizzaria, na noite da última segunda-feira (21/8), na região Norte da cidade.



Ao sbtinterior.com, Tanone explicou que além da dependência química, a jovem também sofre com transtornos mentais, como a bipolaridade. Ela teve a internação autorizada pela Justiça, que concedeu a liberdade provisória para ela, durante sua audiência de custódia realizada ontem (22/8).

Ainda de acordo com o defensor do Estado de SP, a equipe de Saúde Mental do SUS atuou prontamente com a paciente dentro do Fórum de Rio Preto. Na ocasião, a jovem aceitou ser internada e passar pelo tratamento inicial, que terá a duração de 90 dias. Nesse período, ela receberá o medicamento adequado para o transtorno mental e uma desintoxicação dos entorpecentes será feita. Após esta etapa, a paciente iniciará um tratamento efetivo para a dependência química e continuará cuidando de seu transtorno.

A bebê está segura, com a avó e passa bem.

Tanone explicou a importância da defensoria e outros órgãos públicos na atuação de casos como este.

“Primeiramente, é importante porque não devemos realizar nenhum trabalho com base em qualquer tipo de julgamento. É preciso analisar a fundo e garantir o direito de todos e, neste caso específico, a bebê e a mãe tinham os seus direitos e ambas precisavam de assistência. A bebê teve sua assistência garantida ficando aos cuidados da avó, que já tinha essa responsabilidade com ela antes. Já a mãe, teve os seus direitos garantidos pelos serviços públicos do Estado, como o tratamento de saúde que precisava”, afirmou.